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Histórico

A Biblioteca Nacional do Brasil, considerada pela UNESCO uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo, é também a maior biblioteca da América Latina. O núcleo original de seu poderoso acervo, calculado hoje em cerca de dez milhões de itens, é a antiga livraria de D. José organizada sob a inspiração de Diogo Barbosa Machado, Abade de Santo Adrião de Sever, para substituir a Livraria Real, cuja origem remontava às coleções de livros de D. João I e de seu filho D. Duarte, e que foi consumida pelo incêndio que se seguiu ao terremoto de Lisboa de 1º de novembro de 1755.

O núcleo original da Biblioteca Nacional do Brasil é a antiga livraria de D. José, organizada sob a inspiração de Diogo Barbosa Machado, Abade de Santo Adrião de Sever. A coleção de livros foi iniciada para substituir a Livraria Real, que foi consumida pelo incêndio que sucedeu o terremoto de Lisboa de 1º de novembro de 1755. "Viaje" pela linha do tempo e conheça a história da Biblioteca Nacional.

1808 - 1820

1808 Chegada do acervo inicial

Início do itinerário da Real Biblioteca no Brasil, com a chegada de D. João VI e sua corte ao Rio de Janeiro, como consequência da invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Junto com a comitiva desembarcaram cerca de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas.

1810 Fundação da Real Biblioteca

Por decreto de 27 de julho, o acervo foi acomodado nas salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, na Rua Direita, hoje Rua Primeiro de Março. Em 29 de outubro, data oficial da fundação da Real Biblioteca, um novo decreto determinava que “nas catacumbas do Hospital do Carmo se erija e acomode a Real Biblioteca e instrumentos de física e matemática, fazendo-se à custa da Fazenda Real toda a despesa conducente ao arranjo e manutenção do referido estabelecimento”.

1810 a 1821 Nomeação dos primeiros dirigentes

Frei Gregório José Viegas e padre Joaquim Dâmaso são nomeados os primeiros dirigentes da Biblioteca, cargo então denominado como “prefeito ou encarregado do arranjamento e conservação”.

1810 Abertura aos estudiosos

O decreto de 29 de outubro determina que a Real Biblioteca seja aberta aos estudiosos.

1811 Chegada do segundo lote de livros

Com o bibliotecário Luís Joaquim dos Santos Marrocos chega ao Rio de Janeiro, em junho, o segundo lote de livros da Real Biblioteca. Em novembro, com José Lopes Saraiva, chegam os últimos 87 caixotes de livros.

1811 Doação da Coleção Frei Veloso

Doação dos impressos e manuscritos do Frei José Mariano da Conceição Veloso, botânico e desenhista, com cerca de 2.500 volumes, manuscritos originais e pranchas gravadas em cobre.

1812 Ampliação do espaço da Biblioteca

A Real Biblioteca passa a ocupar também o pavimento térreo do prédio na rua Direita, devido ao acréscimo de livros vindos de Lisboa.

1814 Abertura ao público para consultas

Franqueamento ao público da Real Biblioteca, que antes era restrita apenas a estudiosos, mediante consentimento régio.

1815 Mais obras para o acervo

Aquisição do espólio de Manuel Inácio da Silva Alvarenga, com 1.576 volumes.

1818 Incorporação de obras italianas

Compra da coleção do arquiteto José da Costa e Silva, com desenhos originais, livros, manuscritos, estampas gravadas e camafeus, sendo muitas obras de artistas italianos.

1819 Chegada de mais uma coleção

Compra da coleção do conde da Barca, denominada Coleção Araujense, com 2.365 obras em 6.329 volumes.

» Coleção Araujense Conde da Barca

1821 - 1840

1821 Parte do acervo volta a Portugal

Família Real regressa a Portugal e leva de volta os Manuscritos da Coroa.

1821 a 1822 Novo dirigente na Biblioteca

O bibliotecário Luís Joaquim dos Santos Marrocos assume o cargo de prefeito da Real Biblioteca, no qual permanece até 1825

1822 Início do que hoje é a Lei do Depósito Legal

Por determinação do governo imperial, a Biblioteca passa a receber um exemplar de todas as obras, folhas periódicas e volantes impressos na Tipografia Nacional, fato precursor do que hoje é a Lei do Depósito legal.

» Depósito Legal

1822 Códices retornam a Portugal

O padre Joaquim Dâmaso, primeiro prefeito da Real Biblioteca, volta a Portugal por não concordar com a independência, e leva consigo mais de cinco mil códices dos cerca de seis mil que vieram com a Família Real.

1822 Biblioteca ganha novo nome

A Real Biblioteca passa a ser denominada Biblioteca Imperial e Pública.

1822 a 1837 Novo dirigente nomeado

Frei Antônio de Arrábida é nomeado autoridade máxima da Biblioteca, cargo que passa a ter o nome de Bibliotecário.

1824 Enriquecimento do acervo

A coleção de Francisco de Melo Franco passa a integrar o acervo, com 1.590 volumes sobre teologia, direito, ciências, artes, belas artes, história e clássicos.

1825 Aquisição pelo Brasil

A Biblioteca é adquirida pelo Brasil, por 800 contos de réis, quantia, então, considerada exorbitante. A compra foi regulamentada pela Convenção Adicional ao Tratado de Paz e Amizade, celebrado entre o Brasil e Portugal, em 29 de agosto.

1832 Nova coleção de documentos

A coleção do marquês de Santo Amaro é incorporada ao acervo, contendo 115 pastas de material relativo ao Gabinete do próprio marquês e à administração do príncipe regente.

1837 a 1839 Novo dirigente responsável

Cônego Francisco Vieira inicia seu exercício como Bibliotecário.

1838 Doação de mais cinco mil volumes

Os herdeiros de José Bonifácio de Andrade e Silva doam cerca de cinco mil volumes, na maior parte obras alemãs, sobre diferentes ramos das ciências naturais, literatura, manuscritos e cartas autografadas por personagens de diversos países, que mantiveram correspondência com o chamado “patriarca” da Independência.

1839 a 1846 Novo dirigente em exercício

Cônego Januário da Cunha Barbosa assume o cargo de Bibliotecário.

1841 - 1860

1846 a 1853 Novo dirigente à frente da Biblioteca

José de Assis Alves Branco Muniz Barreto é o novo Bibliotecário nomeado.

1853 a 1882 Novo dirigente no cargo de Bibliotecário

Frei Camillo de Monserrat passa a dirigir a Biblioteca.

» Frei Camillo de Monserrat [gravura]

1853 Aquisição de obras em leilão

São adquiridos em leilão 2.785 livros e 1.291 documentos manuscritos do bibliófilo italiano Pedro de Angelis, uma rica coleção composta por obras sobre viagens, história em geral, mapas, planos, plantas e uma grande quantidade de periódicos.

» Projeto Biblioteca Virtual Pedro de Angelis

1853 Recebimento de mais uma herança

Por disposição testamentária, chegam ao acervo 42 volumes de valiosos manuscritos do espólio do médico naturalista Antônio Corrêa de Lacerda, incluindo estudos inéditos sobre história natural, notadamente sobre vegetais do Pará e do Maranhão e suas aplicações medicinais e econômicas, enriquecidas com 208 estampas coloridas.

1855 Biblioteca ganha novo prédio

Frei Camillo de Monserrat, então dirigente da Biblioteca, recebe as chaves do novo prédio adquirido pelo Governo Imperial para a Biblioteca, localizado à Rua da Lapa, hoje Rua do Passeio, que atualmente abriga a Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ.

1858 Mudança para a rua da Lapa

Depois de três anos de reformas internas, o novo prédio é inaugurado e aberto ao público sem as melhorias pleiteadas por frei Camillo. O gás de iluminação não estava ligado, não haviam sido feitas as obras necessárias para a segurança das portas dos armários e não foi comprado, como prometido, o terreno contíguo ao jardim da Biblioteca para um possível desdobramento do seu espaço.

1861 - 1880

1870 Mais profissionalismo e confiabilidade

Um mês depois da morte de frei Camillo, Benjamin Franklin Ramiz Galvão é nomeado para o cargo de Bibliotecário, que ocupou até 1882. Com a verba do orçamento multiplicada por cinco, é possível contratar pessoal idôneo e iniciar a organização de novos catálogos. A casa recebe reformas estruturais, o acervo é ampliado com a compra de coleções inteiras. É promovido o primeiro concurso público para o cargo de bibliotecário. Cresce a confiabilidade da instituição, revertendo-se em mais doações para valorização do acervo.

1872 Doação de mais 2.172 volumes

O conselheiro Filippe Lopes Netto doa uma coleção de obras escritas e impressas na República do Chile, abrangendo 2.172 volumes que incluem mapas geográficos.

1873 Nova aquisição para o acervo

A Biblioteca adquire a maior e mais valiosa parte da livraria do bibliófilo comendador Manuel Ferreira Lagos, incluindo a coleção de mais de 300 manuscritos, 3.475 volumes e 146 mapas geográficos.

1876 Criação dos Anais da Biblioteca Nacional

É lançada a publicação periódica “Anais da Biblioteca Nacional”, a mais antiga de instituição, que é editada até hoje. Seu objetivo é divulgar documentos preciosos, livros raros e peças curiosas, além de publicar manuscritos interessantes e trabalhos bibliográficos de merecimento. Foi a primeira forma encontrada de levar a público os tesouros da Biblioteca, antigos e contemporâneos.

» Anais da Biblioteca Nacional

1876 Nome definitivo

A instituição passa a se chamar definitivamente Biblioteca Nacional, depois de ser denominada de Real Biblioteca e Biblioteca Imperial e Pública.

1880 Homenagem a Camões

É publicado o Catálogo da Exposição Camoniana, para homenagear o tricentenário da morte do grande poeta lusitano.

» Catálogo da Exposição Camoniana

1881 - 1900

1881 Exposição de História do Brasil

É publicado o famoso Catálogo da Exposição de História do Brasil, com 1.758 páginas de texto, mais 98 de índices e um Suplemento, este lançado em 1883. Até hoje este Catálogo é o orgulho da Biblioteca, pelo seu tamanho e abrangência. Reúne o que de melhor se publicou no Brasil sobre o assunto e ainda é consultado como instrumento essencial de pesquisa por historiadores, sociólogos, geógrafos, economistas etc.

» Catálogo da Exposição de História do Brasil (Tomo I)

» Catálogo da Exposição de História do Brasil (Tomo II)

» Catálogo da Exposição de História do Brasil (Tomo III)

1882 a 1889 Novo dirigente para a Biblioteca

João de Saldanha da Gama assume o cargo de dirigente, então denominado de Bibliotecário.

1883 Primeiro Catálogo

A Biblioteca inaugura seu primeiro catálogo, com base no sistema Brunet, muito utilizado à época na França. Este é atualmente denominado Catálogo Antigo.

1885 Luz elétrica na Biblioteca

A iluminação a gás da Biblioteca é substituída pela luz elétrica.

1885 Crescimento do acervo

O acervo já soma 140 mil volumes impressos, sem incluir os manuscritos, nem o conjunto iconográfico.

1888 Contagem soma mais obras

Novo inventário é realizado e a quantidade de livros já chega a quase 171 mil.

1889 a 1892 Novo dirigente assume a Biblioteca

Francisco Leite Bittencourt Sampaio é nomeado autoridade maior da Biblioteca, cargo agora, depois da proclamação da República, denominado de diretor.

1890 Assinado decreto de reforma

Um ano após a proclamação da República o Coronel Benjamin Constant, ministro da Instrução Pública, assina um decreto de reforma da Biblioteca que, na prática, não teve grande significação.

1891 Doação do imperador D. Pedro II

Com a proclamação da República, D. Pedro II retorna a Portugal e, antes de partir, doa um conjunto de aproximadamente 100 mil obras, que pede que seja denominado “Collecção D. Thereza Christina Maria”, em homenagem à imperatriz, sua esposa. É a maior doação já recebida e sua chegada demandou reformas e criação de novos espaços no prédio para comportar o acréscimo no acervo. A coleção reúne livros, publicações seriadas, mapas, partituras, desenhos, estampas, fotografias, litografias e outros documentos impressos e manuscritos.

» Coleção Thereza Christina Maria

1892 a 1894 Nova diretoria para a Biblioteca

Francisco Mendes da Rocha é escolhido como novo diretor da Biblioteca.

1894 a 1895 Nova mudança na diretoria

Raul D’Ávila Pompéia é o novo diretor nomeado.

1894 Acervo não para de crescer

Cálculos mostram que a Biblioteca já possui cerca de 228 mil livros e que o crescimento do seu acervo chega a ser de mais mil peças por ano.

1895 a 1900 Diretoria muda novamente

José Alexandre Teixeira de Mello assume o cargo de diretor.

1895 Número de obras quase dobra em um ano

Um novo inventário obtém o seguinte resultado: 231.132 livros impressos, 23.516 manuscritos biográficos, 23.519 manuscritos históricos, 115.513 códices encadernados, 22.863 moedas e medalhas, somando um total de 416.543 peças.

1900 a 1924 Nomeação do novo diretor

Manoel Cícero Peregrino da Silva é nomeado novo diretor da Biblioteca. Em sua longa gestão, que se estendeu até 1924, acompanhou a construção do atual prédio da Biblioteca, foi o responsável por sua transferência e todo o planejamento estrutural.

1900 Crescimento do acervo impressiona

À beira do novo século, a Biblioteca ocupa um prédio que não comporta mais o seu acervo, que cresce em progressão impressionante. Calcula-se um total de 705.332 peças, sendo 292.541 livros impressos.

1900 Visitação aumenta a cada dia

O último Relatório de Diretoria do século mostra a situação de progresso da Biblioteca. Para uma cidade na época com uma população que não ultrapassava os 50 mil habitantes, a média de leitores era de 74 por dia, que consultavam cerca de 100 livros.

1901 - 1920

1902 Primeira máquina de escrever

A máquina de escrever é introduzida na Biblioteca, facilitando o trabalho dos funcionários.

1902 Melhorias na organização do acervo

São instituídos o Catálogo Coletivo das bibliotecas da cidade, a catalogação cooperativa e a Classificação Decimal Universal (CDU). É lançado o Boletim Bibliográfico, dentro das normas da CDU, que evoluiu para a atual Bibliografia Brasileira.

1903 Tipografia e encadernação

São inauguradas ainda no prédio da rua do Passeio, as oficinas tipográfica e de encadernação, que foram depois transferidas para o novo edifício na avenida Central.

1904 Ex-Libris e emblema

São aprovados o projeto do ex-Libris e do emblema da Biblioteca, de autoria do famoso artista Eliseu Visconti.

» Estudo n.1 para o Ex-Libris da Biblioteca Nacional

1905 Início da construção do prédio atual

É lançada a pedra fundamental do atual prédio da Biblioteca Nacional, localizado na majestosa Avenida Central, hoje Avenida Rio Branco. Uma festividade marca o início da construção, com a presença do então Presidente da República, Rodrigues Alves, e toda a cúpula do Governo. As pessoas mais importantes ganham uma medalha comemorativa, de autoria de Augusto Girardet, e a ata desenhada pelo pintor Rodolfo de Amoedo e gravada em água-forte por Modesto Brocos.

» Lançamento da pedra fundamental do edifício da Bibliotheca Nacional na Avenida Central

1907 Importação de tecnologias e materiais

Para organizar o novo prédio em construção, Manoel Cícero Peregrino da Silva, então diretor da Biblioteca, passa oito meses nos Estados Unidos e na Europa, visitando grandes bibliotecas públicas, a fim de conhecer as melhores tecnologias e contratar o fornecimento de material ainda inexistente no Brasil.

1907 Legislação do Depósito Legal

É promulgado pelo presidente da República Afonso Augusto Moreira Pena o Decreto de Contribuição Legal, que obriga o envio à Biblioteca de um exemplar de todas as publicações produzidas em território nacional. A legislação está até hoje em vigor, sob a forma da Lei nº 10.994 de 14 de dezembro de 2004.

» Depósito Legal

1907 Viagens de atualização e estudos

Funcionários de alto gabarito viajam à Europa e aos Estados Unidos, para estudo, compra ou cópia de documentos sobre o Brasil e a fim de se atualizarem em novos métodos de classificação e catalogação.

1907 Ampliação do horário de funcionamento

O horário de atendimento ao público leitor passa a ser das 8h às 22h, sem intervalo, organizado de modo que nenhum funcionário trabalhasse mais de oito horas por dia.

1909 a 1910 Transporte do acervo

Inicia-se a transferência do acervo para o novo Edifício da Avenida Central, sem qualquer interrupção na rotina dos leitores e pesquisadores. São necessárias 1.132 viagens para transportar as cerca de 400 mil obras entre os dois prédios, trabalho que só termina no ano seguinte. O planejamento e a execução são tão minuciosos que permitem a colocação de cada um dos 7.270 caixotes de peças e mais 784 volumes ou pacotes no local definitivo do novo prédio, possibilitando aos usuários a continuação dos seus trabalhos.

1909 Painéis e estátuas para decorar a Casa

São encomendados pelo diretor Manoel Cícero Peregrino da Silva os grandes painéis e as estátuas existentes no salão principal de leitura e na Galeria da Presidência, de autoria de Modesto Brocos, Rodolfo Amoedo e Eliseu Visconti, grandes artistas da época.

1909 Montagem do novo mobiliário

O mobiliário metálico, fabricado pela Art Metal Construction Company, começa a ser montado. As peças são todas em aço esmaltado, com exceção das cadeiras, que tem base de ferro e a parte superior de madeira com assento de palhinha e o encosto forrado de couro.

1909 Instalação de telefone

É instalada a rede telefônica, com 18 aparelhos e um centro de 30 linhas para a rede interna da Biblioteca.

1910 Novo prédio na Avenida Central

É inaugurado o novo prédio da Biblioteca Nacional, exatamente 100 anos depois da fundação e instalação da instituição na Rua Direita. Projetado pelo construtor e engenheiro general Francisco Marcelino de Souza Aguiar, o edifício tem capacidade para um milhão e meio de livros impressos e todo o acervo de manuscritos, estampas etc. Possui salas de leitura e estudo para o público, divisões e gabinetes de trabalho para o pessoal da administração e outras dependências. O elegante edifício tem estilo eclético, no qual se mesclam elementos neoclássicos e de art nouveau, com estruturas de aço e dentro de todas as exigências técnicas da época.

» Fachada principal do edifício

1911 Aprovação do novo Regulamento

É aprovado o novo Regulamento da Biblioteca, com grandes inovações administrativas e culturais. Pela primeira vez criou-se um Conselho Consultivo, órgão auxiliar da administração, do qual faziam parte todas as chefias, que discutia os diversos problemas da Casa, apresentava sugestões no tocante à promoção de funcionários, às reformas e ao planejamento de eventos culturais. Esse Regulamento impunha também deveres ao Diretor.

1915 Primeiro Curso de Biblioteconomia

É criado o primeiro Curso de Biblioteconomia, dentro da própria Biblioteca Nacional, para especializar os funcionários. O curso, cujas atividades foram iniciadas em 1915, foi o primeiro da América Latina e o terceiro no mundo. Seguia o modelo da École de Chartres, na França, que era o melhor da época. Além do ensino teórico, havia a parte prática, que era feita na própria Biblioteca.

» Mesa que presidiu à solenidade da inauguração do curso de biblioteconomia

1921 - 1940

1924 Mudança na diretoria

Mário Marinho de Carvalho Behring assume como diretor da Biblioteca.

1924 Programa de publicações

É iniciada a publicação da série intitulada Documentos Históricos, que chegou a ter 110 edições. É um dos grandes momentos da Biblioteca Nacional, na sua missão de divulgar uma documentação raríssima, muitas vezes única, essencial para a compreensão de importantes fatos da história. Por seu conteúdo, os volumes são altamente valorizados entre os colecionadores de obras raras.

» Série Documentos Históricos

1932 a 1945 Novo diretor para a Biblioteca

Rodolfo Augusto de Amorim Garcia é escolhido para dirigir a Biblioteca.

1936 Criação da Rádio Nacional

Inaugurada em 12 de setembro de 1936, durante o governo de Getúlio Vargas, a Rádio Nacional, atual "Rádio Nacional do Rio de Janeiro", foi uma das pioneiras na exploração radiofônica organizada empresarialmente, influenciando hábitos, gostos e comportamentos. Entre os muitos programas transmitidos pela emissora, destacam-se as radionovelas, os esquetes de humor e o radiojornalístico Repórter Esso.

Para ler a reportagem sobre a inauguração da Rádio Nacional, acesse o link abaixo:

http://memoria.bn.br/DocReader/348970_03/34940

1941 - 1960

1944 Reforma administrativa

Por Decreto-Lei de 24 de julho é efetuada uma reforma administrativa na Biblioteca.

1945 a 1948 Primeiro dirigente bibliotecário

Rubens Borba Alves de Morais assume a direção da Biblioteca, cargo agora nomeado como diretor-geral. É o primeiro bibliotecário a administrar a Casa.

1945 Relatório secreto

O diretor-geral, Borba de Morais, escreve um relatório confidencial ao Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, ao qual, no momento, estava ligada a Biblioteca. Guardado na seção de Manuscritos e publicado na Revista de Biblioteconomia de Brasília em 1974, o documento, conhecido como "o relatório secreto", apresenta uma minuciosa análise dos problemas da Biblioteca e uma série de propostas positivas para a sua reforma.

1946 Nova forma de catalogação

É adotado um dos métodos de catalogação mais revolucionários da época, de acordo com o modelo da American Library Association, o Catálogo Dicionário.

1946 Serviço especial de obras raras

Pelo Decreto-Lei nº 8 679 é criada a Divisão de Obras Raras e Publicações. Pela primeira vez é criado um serviço especializado para selecionar e zelar pelas obras raras pertencentes ao acervo que já, naquela época, era mais extenso e valioso do que o encontrado em qualquer biblioteca latino-americana.

» Acervo de obras raras

1946 Boletim Bibliográfico Brasileiro

É iniciada a publicação do Boletim Bibliográfico Brasileiro.

1948 a 1951 Novo diretor-geral

Josué de Sousa Montello assume o cargo de diretor-geral da Biblioteca.

1951 a 1956 Mudança na diretoria

Eugênio Gomes é nomeado novo diretor-geral da Biblioteca.

1951 Modernização e melhorias no prédio-sede

São ampliadas as obras dos laboratórios de microfilmagem e restauração. A rede elétrica do edifício é remodelada e os terraços são impermeabilizados contra infiltrações. O sistema contra incêndio é modernizado e são compradas novas máquinas de ar condicionado.

1956 Incremento nas atividades culturais

São realizadas exposições no exterior (Madri, Lisboa, Granada etc.). Por meio de parcerias e colaborações, a Biblioteca participa de programas culturais, como o Festival do Livro da América, o Simpósio de Filologia Românica e o I Congresso Brasileiro de Dialetologia.

1956 Incorporação de obras valiosas

Mais obras valiosas chegam ao acervo, como uma coleção camoniana e a biblioteca do famoso antropólogo Artur Ramos, comprada de sua viúva.

1956 a 1961 Novo diretor-geral

Celso Ferreira da Cunha, filólogo e medievalista, inicia seu primeiro mandato como diretor-geral.

1958 Aquisição de obras musicais

É adquirida a coleção de música de Abraão de Carvalho, a maior especializada no gênero da América, composta de mais de 17 mil peças, quase todas raras, com partituras e literatura musical dos séculos XVII e XVIII.

1960 a 1961 Substituição na diretoria

José Elísio Conde assume como diretor-geral, cargo que ocupa por apenas quatro meses.

1960 Comemorações do sesquicentenário

No sesquicentenário da instalação da Biblioteca Nacional (1810-1960) é organizado um programa cultural nacional e internacional. No Brasil são realizadas a exposição Affonso Celso, a exposição do I Congresso Brasileiro de Crítica e História Literária, a exposição Frederico Chopin e a exposição de Incunábulos. No exterior acontecem exposições do Livro Brasileiro Contemporâneo em Paris, Praga, Roma, Assunção, Utrecht, Nova Iorque e Wisconsin.

» Livro da exposição de Incunábulos

1960 Publicações comemorativas

Dentro dos festejos dos 150 anos da Biblioteca, são publicados, em fac-símile, alguns álbuns com texto original e belas reproduções coloridas do acervo iconográfico, entre os quais destacam-se: Figurinos do Século XVIII e Beija-Flores do Brasil.

1961 - 1980

1961 Antigo diretor reassume

Celso Ferreira da Cunha inicia seu segundo mandato como diretor-geral, que dura apenas um mês.

1961 a 1971 Nova mudança na direção

Adonias Aguiar Filho assume o cargo de diretor-geral.

1971 a 1979 Diretoria muda de mãos

Jannice de Melo Monte-Mór é a primeira mulher a assumir a diretoria-geral da Biblioteca.

1972 Convênio busca melhorias

É assinado um convênio com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para fazer um estudo abrangente da situação da Biblioteca e apresentar um esquema detalhado de soluções práticas para o aprimoramento do trabalho.

1973 Tombamento do edifício-sede

O monumental edifício da avenida Rio Branco é tombado pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

1978 Representatividade internacional

A Biblioteca passa a integrar o Comitê Internacional de Diretores de Bibliotecas Internacionais, órgão no qual tem a honrosa incumbência de representar as Bibliotecas Nacionais da América Latina.

1978 Criação do PLANO

É criado o Plano Nacional de Microfilmagem de Periódicos Brasileiros – PLANO, que visa preservar a produção jornalística do país e supervisiona uma rede nacional de microfilmagem.

» Plano Nacional de Microfilmagem de Periódicos Brasileiros – PLANO

1978 Novo formato de catalogação

São lançadas as bases do formato CALCO (Catalogação Legível por Computador), metodologia a ser adotada em nível nacional, com vistas à compatibilidade de normas para a troca de informações em nível internacional.

1978 Implantação do sistema ISBN

É implantado o sistema ISBN, de numeração internacional do livro, que beneficia autores e editores. Para atender ao alto índice de solicitações de informações legais, é instalado na Biblioteca um terminal de processamento de dados ligado diretamente ao sistema do Senado Federal, em Brasília.

» ISBN

1979 a 1982 Novo diretor-geral

Plínio Doyle da Silva é escolhido para o cargo de diretor-geral da Biblioteca.

1981 - 2000

1981 Integração à Fundação Nacional Pró-Memória

A Biblioteca Nacional passa a ter administração indireta e a fazer parte da Fundação Nacional Pró-Memória. Anteriormente, esteve subordinada ao antigo Ministério do Interior e Justiça, depois ao Ministério da Educação e Saúde e, sucessivamente, integrou o Ministério da Educação e Cultura.

1982 a 1984 Biblioteca ganha nova direção

Célia Ribeiro Zaher assume o cargo de diretora-geral da Biblioteca.

1982 Automatização do Catálogo

A Biblioteca integra-se ao sistema Bibliodata/Calco da Fundação Getúlio Vargas, desenvolvendo o catálogo automatizado em formato MARC (Catalogação Legível por Computador).

1982 Transferência do acervo de música

A seção de Música e Arquivos Sonoros é transferida para um local mais apropriado, localizado no 3º andar do Palácio Capanema.

1983 Criação do PLANOR

É criado o Plano Nacional de Restauração de Obras Raras - PLANOR, pela Portaria Ministerial nº 19, de 31 de outubro. Ao PLANOR compete: dar assistência técnica na instalação de laboratórios de restauração e promover programas de treinamento de pessoal; harmonizar técnicas a serem seguidas na execução de projetos específicos de restauração; estabelecer padrões técnicos de serviço e de material a serem seguidos, e zelar pelo seu cumprimento em todo o território nacional.

» Plano Nacional de Restauração de Obras Raras - PLANOR

1984 a 1989 Mudança na diretoria

Maria Alice Giudice Barroso Soares é a nova diretora-geral da Biblioteca.

1984 Fundação Nacional Pró-Leitura

A Biblioteca Nacional passa a constituir a Fundação Nacional Pró-Leitura, junto com o Instituto Nacional do Livro.

1984 Incorporação do Banco de Teses

O Banco de Teses, antes de responsabilidade da CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, passa a ser de competência da Biblioteca Nacional, que recebe trabalhos são enviados pelas diversas universidades do país.

1989 a 1990 Direção interina na Biblioteca

Lia Temporal Malcher assume interinamente o cargo de diretora-geral.

1990 Nova mudança na diretoria

Roberto Menegaz é nomeado para responder pela direção da Biblioteca.

1990 Constituição da Fundação Biblioteca Nacional

A Biblioteca Nacional, com sua biblioteca subordinada, a Euclides da Cunha, do Rio de Janeiro, e o Instituto Nacional do Livro, com sua Biblioteca Demonstrativa, de Brasília, passam a constituir a Fundação Biblioteca Nacional (FBN).

1990 a 1996 Biblioteca ganha presidente

Affonso Romano de Sant’Anna é nomeado para dirigir a Biblioteca, cargo agora denominado como presidente.

1996 a 2003 Novo presidente nomeado

Eduardo Portella assume o cargo de presidente da Biblioteca.

1996 Software de automação bibliográfica

A Biblioteca adquire seu próprio software de automação bibliográfica.

1998 Catálogos online

A Biblioteca passa a publicar seus catálogos na Internet, através de seu site.

» Catálogos

» Acervos

2000 - Hoje

2003 a 2009 Mudança na presidência

Pedro Corrêa do Lago é nomeado presidente da Biblioteca.

2004 Novo estatuto

Com um novo estatuto (instituído por força do Decreto nº 5.038, de 7 de abril de 2004), a FBN passa a ser composta por um presidente, nomeado pelo presidente da República, um diretor executivo, e seis diretores à frente dos centros de Processos Técnicos e de Referência e Difusão e das coordenadorias-gerais de Planejamento e Administração, Pesquisa e Editoração, Livro e Leitura e Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas. A FBN possui ainda um Escritório de Direitos Autorais e também a Agência Nacional do ISBN (International Standard Book Number), além de ser a única beneficiária da lei do Depósito Legal (Lei nº 10.994 de 14 de dezembro de 2004), que dispõe sobre a remessa de obras à Biblioteca Nacional.

» Direitos autorais

» ISBN

» Depósito Legal

2006 BNDigital

Criação da Biblioteca Nacional Digital (BNDigital), que integra todas as coleções digitalizadas, posicionando a FBN na vanguarda das bibliotecas da América Latina e igualando-a às maiores bibliotecas do mundo no processo de digitalização de acervos e acesso a obras e serviços via Internet.

» BNDigital

2009 a 2011 Novo presidente nomeado

Muniz Sodré assume o cargo de presidente da Biblioteca.

2011 a 2013 Mudança na presidência

Galeno Amorim é o novo presidente da Biblioteca.

2013 a 2015 Novo presidente nomeado

Renato Lessa assume a presidência da Biblioteca.

2014 Nova plataforma para os catálogos

É adquirido o software Sophia de automação bibliográfica e iniciada a migração dos catálogos para uma nova plataforma.

» Catálogos no Sophia

2016 Helena Severo assume a presidência da BN
2017 Retomada do projeto Resgate
2018 Conclusão da obra de restauro da fachada do prédio sede da BN
2019 Rafael Nogueira é nomeado presidente da Biblioteca Nacional
2022 Luiz Carlos Ramiro Júnior assume a presidência da BN

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