Revista Poesia Sempre, ano 17, n.34 − Poesia Híndi Contemporânea

“Abrimos a revista com a voz de Antonella Anedda, cuja obra é considerada atualmente uma das mais singulares da poesia italiana. O diálogo com Livia Apa, professora da Universidade Oriental de Nápoles, mapeia a essência de seu processo criativo, ao longo do qual a língua sarda ocupa um espaço claro e sutil.

Dilip Loudo, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, traduz e organiza, pela primeira vez no Brasil, uma belíssima seleção da poesia híndi, retomando um diálogo encetado por Cecília Meireles, cujos horizontes reclamam um esforço mútuo – para além de uma prática de fundo econômico – para a aproximação de nossos países. A poesia de Drummond, vertida para o devanágari atende a essa demanda bilateral no campo da cultura.

Federico Lucchesi apresenta uma parte da Toscana como tema de sua pesquisa imagética, realizando uma espécie de poética do território.

A seção Caligramas conta com a participação de Alfredo Fressia, poeta uruguaio radicado em São Paulo, cujos poemas revelam a densidade clássica de uma razão emocionada.

A Poesia Inédita brasileira, organizada pelo crítico e ensaísta André Seffrin, concentrou-se na região norte do país, reafirmando os talentos conhecidos e apontando, ao mesmo tempo, para novas potencialidades.

A atriz e diretora Alessandra Vannucci discute o teatro de poesia, a partir de Pasolini, a que se juntam os ensaios dos professores Jorge Vasconcellos e Ericson Pires, alcançando outros autores de teatro, mas no mesmo diapasão em que a poesia representa uma atitude fundante.

Nas resenhas de Memória e Identidade Poética, a obra de Márcio Catunda é analisada por Anderson Braga Horta e a de Ruy Espinheira Filho passa pelo crivo de Florisvaldo Mattos. Finalmente, Floriano Martins tece algumas considerações sobre a tarefa do tradutor.

O artista plástico Mario Francesconi foi convidado a ilustrar este número da Poesia Sempre, com uma série de rostos do poeta Mario Luzi.”

Marco Lucchesi

(texto da apresentação)