Manuscritos

O Acervo de Manuscritos abriga mais de 900 mil documentos, incluindo arquivos pessoais, institucionais, documentos históricos e obras literárias. Abrangendo tanto documentos avulsos quanto encadernados, compreende originais desde o século XI até os dias de hoje.

O acervo de Manuscritos abriga mais de 900 mil documentos, incluindo arquivos pessoais, institucionais, históricos e obras literárias, muitas de autores fundamentais para a literatura brasileira, como Lima Barreto, Carlos Drummond de Andrade e Euclides da Cunha, entre outros. Os originais, datados desde o século XI até os dias de hoje, abrangem tanto peças avulsas quanto encadernadas.

Os itens de maior relevância histórica provêm da Real Biblioteca e foram trazidos para o Brasil pela família real portuguesa em 1808. Desde então, o acervo está em constante crescimento e reúne manuscritos em português arcaico, clássico e contemporâneo, grego, latim e persa, com os mais variados tipos de escrita e suportes.

Estão disponíveis para consulta mais de 240 coleções registradas e catalogadas, cada uma delas com seu inventário detalhado.

Técnicas sofisticadas são utilizadas para o estudo de determinados documentos, tais como a paleografia – estudo de escritas antigas, que ajuda a decifrar textos muito difíceis, aparentemente ilegíveis para olhos pouco treinados, como, por exemplo, a carta de Pero Vaz de Caminha.

A preservação dos documentos demanda cuidados permanentes e sua catalogação é feita de acordo com o estado de conservação e condição física. Por ser um suporte muito frágil, o papel é manuseado somente com luvas próprias. Os originais são acondicionados em capas com ph neutro e guardados em arquivos deslizantes, em gavetas próprias para a conservação. Clips e outros objetos metálicos são removidos para evitar que a oxidação comprometa ou piore o estado das peças. 

Obras em destaque

Cadernos do botânico Francisco Freire Alemão.

Os cadernos do botânico Francisco Freire Alemão, contendo desenhos e anotações, são preciosos para o estudo da flora brasileira.

Carta de Abertura dos Portos

A Carta de Abertura dos Portos, documento diplomático de abertura comercial de grande importância histórica, foi promulgada pelo Príncipe Regente, D. João, em 28 de janeiro de 1808. O documento estabelecia a abertura dos Portos do país às nações amigas, permitindo trocas comerciais diretas entre o Brasil e outras nações.

Estimulos del Divino Amor

A obra de Marcos de Las Roelas y Paz (1729) tem teor religioso, mas também contém um tratado sobre a arte da caligrafia. Pertenceu à Real Biblioteca e é composta por 83 páginas caligrafadas e ilustradas.

Evangeliário

O mais antigo documento da Biblioteca Nacional é um manuscrito grego, provavelmente datado do século XI. Foi doado pelo político e intelectual brasileiro João Pandiá Calógeras, de ascendência grega. Chamado vulgarmente de 'evangeliário', contém os Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João.

Guarnição do Rio de Janeiro com seus uniformes

Esta obra do Engenheiro José Corrêa Rangel inclui quarenta e três desenhos aquarelados mostrando em detalhes os uniformes dos vários regimentos, intercalados com tabelas estatísticas. É uma valiosa fonte de informação sobre o exército no século XVIII.

Honoré de Balzac

Página de prova tipográfica com correções e apontamentos feitos por Honoré de Balzac, doada pelo escritor Stefan Zweig à Biblioteca Nacional.

Livos de horas

Os livros de horas medievais ensinavam as orações e geralmente continham calendários litúrgicos, bem como histórias bíblicas. Os livros de horas costumam ser ricamente adornados com desenhos e são facilmente identificados pela tipologia gótica. São característicos do final do período medieval.

Tomo segundo de As Obras Poeticas do Dr. Gregorio de Mattos Guerra

As Obras Poeticas do Dr. Gregorio de Mattos Guerra estão divididas em quatro tomos. Esta cópia, que pertenceu a d. Pedro II, data possivelmente do século XVIII.

Vila Rica

É o poema mais conhecido de Cláudio Manuel da Costa. A estrutura é a de um poema épico clássico, ou epopeia, e se assemelha à de outro poema brasileiro do mesmo período, O Uraguai, de Basílio da Gama, publicado em 1769. O códice é uma cópia manuscrita, possivelmente do século XVIII.