Estarão presentes a presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Helena Severo, o cônsul geral de Portugal no Brasil, Jaime Leitão e o presidente da Fundação Luis de Camões, João Pignatelli, além dos jurados: Jose Luiz Tavares (Cabo Verde), Lourenço Joaquim da Costa Rosário (Moçambique), Maria João Reynaud (Portugal), Paula Morão (Portugal), José Luís Jobim de Salles Fonseca (Brasil), Leyla Perrone Moisés (Brasil).
A coletiva será realizada logo após a reunião que definirá o nome do vencedor.
Os Jurados
Jose Luiz Tavares (Cabo Verde)
José Luiz Tavares é de Tarrafal, ilha de Santiago, Cabo Verde. Estudou literatura e filosofia em Portugal, onde reside.
Tem sete livros publicados: Paraíso Apagado por um Trovão (2003); Agreste Matéria Mundo (2004); Lisbon Blues seguido de Desarmonia (2008); Cabotagem&Ressaca (2008); Cidade do Mais antigo Nome (2009); Coração de lava (2014); Contrabando de Cinzas (2016).
Recebeu os seguintes prêmios:
- Prêmio Revelação Cesário Verde, CMO 1999;
- Prêmio Mário António de Poesia, Fundação Calouste Gulbenkian (2004);
- Prêmio Jorge Barbosa, da Associação de Escritores Caboverdeanos (2006);
- Prêmio Pedro Cardoso, Ministério da Cultura de Cabo Verde (2009);
- Prémio de Poesia Cidade de Ourense (Espanha, 2010);
- Prémio BCA/Academia Caboverdeana de Letras (2016).
Por três vezes consecutivas (2008, 2009 e 2010) recebeu o Prêmio Literatura para Todos, do Ministério da Educação do Brasil, por livros destinados a neo-leitores jovens e adultos.
Foi ainda finalista do Prêmio ibero-americano Correntes d’escritas/Casino da Póvoa (2005), e semi-finalista do Prêmio Portugal Telecom de Literatura (Brasil, 2009).
Seus trabalhos foram traduzidos para inglês, espanhol, francês, italiano, catalão, letão, finlandês, russo, mandarim e galês.
Lourenço Joaquim da Costa Rosário (Moçambique)
Natural de Moçambique, é doutor em letras – epecialização em literatura africana – pela Universidade de Coimbra e bacharel em Filologia Românica; presidente da Fundação Universitária para Desenvolvimento da Educação; presidente do MARP – Mecanismo Africano de Revisão de Pares; Reitor da Universidade Politécnica e docente da Universidade Polietana, em Moçambique.
Entre 2007 e 2009, foi professor visitante da USP. Entre seus livros publicados estão: A narrativa africana de expressão oral e O conto moçambicano – da oralidade à escrita.
Maria João Reynaud (Portugal)
Maria João Reynaud é professora jubilada da Faculdade de Letras do Porto, onde se doutorou com uma tese sobre o Húmus de Raul Brandão (1997) e se agregou em Literatura Portuguesa (2004). Atualmente, é pesquisadora do CITCEM (Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória – ‘Literatura, Memória e Diálogo Internacional’ / FCT). Tem vasta colaboração em publicações coletivas tanto em Portugal como no exterior: antologias – prefácios, posfácios, notas; atas de colóquios, livros de homenagem, dicionários, revistas – Línguas e Literaturas, Revista da Faculdade de Letras do Porto; Intercâmbio; Colóquio-Letras (Fundação C. Gulbenkian; Relâmpago; L’ Atelier du roman; Sources; Rassegna Iberistica; Les Eaux vives (Bulletin de l’ AICL / Association Internationale de la Critique Littéraire), etc.
Tem a seu cargo a orientação de trabalhos de doutorado e pós-doutorado. É membro do Conselho Editorial da Revista Colóquio Letras (Fundação Calouste Gulbenkian) e Vice-Presidente da AICL (Association Internationale de la Critique Littéraire).
Obras publicadas: Metamorfoses da Escrita – Húmus de Raul Brandão; Enigma e Transparência – Fernando Echevarría; Sentido Literal – Ensaios de Literatura Portuguesa; Matéria Poética – Ensaios de Literatura Portuguesa; Luz de Intimidade; Lumière d’Intimité, choix de poèmes et traduction par Michel Host; Ana e o Arco-Íris.
Paula Morão (Portugal)
Professora Catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, exerceu a função de Diretora da Área de Literaturas Artes e Culturas/FLUL entre 2011 e 2013. De 2007 a 2009, exerceu as funções de Diretora-Geral do Livro e das Bibliotecas (Ministério da Cultura).
Suas principais áreas de pesquisa e ensino são Literatura Portuguesa dos séculos XIX a XXI; Literatura Autobiográfica; Crítica Textual aplicada a textos modernos; e relações entre Literatura e Artes.
É membro do Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, dirigindo o Projecto Textualidades (Grupo Morphe). É colaboradora do Centro de Estudos Clássicos (Universidade de Lisboa) e do Centro de Estudos Portugueses (Universidade de Coimbra).
José Luís Jobim de Salles Fonseca (Brasil)
Mestre (1980) e doutor em Letras (1986) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi visiting scholar na Stanford University (2001) e deu cursos e fez conferências em várias universidades do Brasil e do exterior, entre as quais: Sorbonne Nouvelle (França), Universidade de Roma La Sapienza (Itália), Yale, Princeton, Manchester, Universidad de Chile e Universidad de La Republica Oriental de Uruguay. Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal Fluminense e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (aposentado, mas ainda atuando no Programa de Pós-Graduação em Letras). Foi presidente da Associação Brasileira de Literatura Comparada e primeiro secretário da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Letras e Linguística.
Entre suas atividades, podem-se mencionar: consultor ad hoc para avaliação de pós, qualis e auxílios da CAPES, parecerista ad hoc do CNPq, da FAPERJ e da FAPESP, referee/peer reviewer da Agenzia Nazionale di Valutazione del sistema Universitario e della Ricerca (ANVUR) da Itália, ex-membro do Board of Advisors do Institute for World Literature (Harvard University, USA), membro de conselhos consultivos e/ou editoriais de periódicos científicos no Brasil e no exterior. Foi membro da Comissão Nacional de Letras do INEP. Seu projeto anterior foi sobre a análise crítica dos fundamentos alegados por produtores de textos (literários, teóricos, críticos) dos séculos XX e XXI sobre sua própria escrita, considerando a perspectiva implícita e explícita que os escritores produzem sobre sua própria escritura em suas respectivas obras, a perspectiva de críticos e teóricos sobre a produção literária destes escritores, a perspectiva de críticos e teóricos sobre a produção de crítica e teoria, a fim de discutir a emergência de novos sentidos sobre o contexto e as bases materiais em que se configura esta produção, com foco maior na proliferação textual em meio digital. Seu projeto atual (2015-2019) investiga as teorizações sobre o que acontece quando determinado elemento literário ou cultural, com uma alegada origem em um lugar, vai inserir-se em outro lugar.
Leyla Perrone Moisés (Brasil)
Professora Emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, lecionou teoria literária, literatura francesa, literatura portuguesa e brasileira em várias universidades do Brasil. No exterior, deu cursos na Universidade de Montréal, na Universidade de Paris III (Sorbonne) e na École Pratique des Hautes Études em Sciences Sociales. Foi pesquisadora e conferencista Fullbright na Yale University. Em 2013, recebeu o prêmio Fundação Bunge pelo conjunto da obra.
Alguns livros publicados: Falência da crítica - Um caso limite: Lautréamont; Les Chants de Maldoror/Poésies de Lautréamont; Texto, crítica, escritura; Fernando Pessoa: Aquém do eu, além do outro; Flores da escrivaninha.