Gabinete de Obras Máximas e Singulares

Data: 
12/08/2016 a 14/11/2016
Período e horários: 
segunda a sexta-feira, das 10h às 17h.
sábado, das 10h30 às 14h.
Obras da antiguidade clássica, animais empalhados, autômatos, minerais, fósseis, fragmentos de meteoritos, esculturas, sementes, plantas conservados em frascos, instrumentos musicais, etc., compunham o acervo dos gabinetes de curiosidades.

Organizados durante os séculos XVI e XVII na Europa, por eruditos, naturalistas, profissionais liberais e nobres interessados pela ciência e pela arte, os gabinetes de curiosidades eram originalmente locais de estudos, periodicamente abertos ao público. Os gabinetes de curiosidades conheceram seu apogeu com a descoberta do Novo Mundo, quando itens inusitados e exóticos atravessaram os mares e vieram enriquecer e diversificar seus acervos. Tudo o que incitasse à curiosidade tinha lugar nos gabinetes, que, segundo uma lógica de correspondência, aparentemente arbitrária, dispunham, lado a lado, itens oriundos da natureza com objetos criados pelo homem, onde o excesso e o acúmulo impressionavam, provocando no visitante um verdadeiro estado de maravilhamento.

Os critérios de disposição de obras dos gabinetes de curiosidades inspiram esta exposição composta por 507 obras do acervo da Biblioteca Nacional. Dispostas em dezoito vitrines e uma sala, essas obras estruturam uma narrativa atravessada pelos temas do tempo, da fé, do anseio, da ambição, da desmesura e do despropósito, da admiração, da surpresa, da contradição, do horror, da alegria, da beleza e da estranheza, formando, então, um Gabinete de Obras Máximas e Singulares. Máximas, por serem superlativas em significado, e singulares por serem, em si mesmas, únicas, o que as qualifica, todas, como raras. Também raras pelo fato de estarem sendo exibidas pela primeira vez, destacando-se dentre muitas, os catálogos de gabinetes de curiosidades, que, a partir de 1808, juntamente com cerca de 60.000 itens oriundos de Lisboa, fizeram o roteiro inverso ao da peregrinação das maravilhas do Novo Mundo para a Europa, atravessando o Atlântico em direção ao Rio de Janeiro, para constituir o que é hoje a Biblioteca Nacional.

Programação visual da exposição Gabinete de Obras Máximas e Singulares no prédio sede.
A exposição Gabinete de Obras Máximas e Singulares no prédio sede da Biblioteca Nacional.
A exposição Gabinete de Obras Máximas e Singulares no prédio sede da Biblioteca Nacional - vista do alto da escadaria central.
A exposição Gabinete de Obras Máximas e Singulares no prédio sede da Biblioteca Nacional - vista da escadaria a partir do saguão.
A exposição Gabinete de Obras Máximas e Singulares no prédio sede da Biblioteca Nacional.
Exposição Gabinete de Obras Máximas e Singulares.