Sheila Kaplan, pesquisadora do Programa Nacional de Apoio a Pesquisadores Residentes da Fundação Biblioteca Nacional (PNAP-R), toma como fio condutor de seu estudo os retratos de Murilo Mendes feitos pelos artistas plásticos Ismael Nery (1922), Alberto da Veiga Guignard (1930), Cândido Portinari (1931) e Flavio de Carvalho (1951).
O objetivo de seu trabalho é compreender melhor as relações do poeta com as artes plásticas, área a que se dedicou, escrevendo críticas, textos para catálogos e apresentações de exposições. Além disso, ela também busca mapear as redes de sociabilidade construídas entre os artistas no modernismo.
“Minha pesquisa tem como fontes principais a coleção de periódicos da FBN, em especial, o suplemento Letras & Artes (1946-1953), do jornal A Manhã, que contou com Murilo Mendes como colaborador assíduo. Assim, foco um período pouco conhecido da produção do autor, já que são mais estudados seus escritos sobre arte no período em que morou em Roma – de 1957 a 1975, ano de sua morte. Este trabalho dá continuidade à minha tese de doutorado, ‘Murilo Mendes – Poeta-colecionador’, defendida em 2009, na PUC-Rio, sob orientação de Marília Rothier Cardoso”, explica Sheila.
A jornalista, escritora e editora Sheila Kaplan foi editora-convidada, em 2014, da Revista do Livro, da Fundação Biblioteca Nacional. O número, que está no prelo e deverá sair ainda este semestre, discute o papel da biblioteca no mundo contemporâneo. Atuou em editoras, como assessora de imprensa e gerente editorial. Trabalhou na revista Ciência Hoje, onde criou e editou o suplemento sobre Cultura, uma parceria entre Instituto Ciência Hoje e UFMG. Publicou o livro infantil, “Duda cata tudo”, que será reeditado este ano. Fez mestrado e doutorado em Literatura Brasileira, na UERJ e na PUC, respectivamente.