Dentre as ações desenvolvidas, destaca-se o controle ambiental dos parâmetros de temperatura e umidade relativa nas áreas de guarda de coleções da Biblioteca Nacional, nos laboratórios de conservação e de restauração e na sala-cofre da Coordenadoria de Microfilmagem. Os dados são captados por sensores instalados na Coordenadoria de Preservação - Coordenadoria Geral de Processamento e Preservação (CPP) e nas áreas de guarda de coleções das coordenadorias que compõem a Coordenadoria Geral do Centro de Coleções e Serviços aos Leitores – CCSL. Em seguida, são processados pelo programa SITRAD – software de gerenciamento a distância desenvolvido pelo Full Gauge Control para utilização em instalações de climatização.
O programa gera relatórios a partir dos dados registrados pelos sensores, que servem de base para o trabalho de análise realizado por Antônio Carlos Oliveira, climatologista contratado pela Biblioteca Nacional. Mensalmente, ele interpreta os dados nos relatórios para emitir laudos técnicos com recomendações estratégicas que norteiam a ação das equipes técnicas da instituição. Os documentos – relatórios de sistema e laudo técnico – são disponibilizados ao público de maneira irrestrita no portal da Biblioteca Nacional.
De acordo com Antônio Carlos, “o principal objetivo de todo esse trabalho de levantamento – que combina análises referentes a umidade e temperatura – é minimizar os riscos biológicos sobre o acervo, analisando os principais espaços da Biblioteca e evitando a proliferação de fungos – maior ameaça para um acervo em que predomina o suporte papel”.
Já para Jayme Spinelli, chefe da Coordenadoria de Preservação, “o controle ambiental é fundamental para que possamos garantir a manutenção do valor patrimonial do rico acervo da Biblioteca Nacional: não basta ter obras de alto valor material e cultural se elas não são mantidas adequadamente, e o cuidado com a vida útil dos documentos é uma preocupação constante em nossa instituição”.