Desde o início, com O Cego e a Bailarina, em 1980, a obra de Noll desfilou um peculiar conjunto de personagens sem esperança, desenraizados, que vagam pelas metrópoles em vidas sem sentido ou propósito. A propósito dessa obra, o crítico Ricardo Lisias escreveu em O Estado de São Paulo que “a reunião de contos apresenta o que seria uma constante em sua obra: personagens solitários e perdidos em meio à grande cidade, que os aprisiona e sufoca. A sexualidade, longe de ser um possível escape, funciona como outro mecanismo de opressão”.
A Biblioteca Nacional apoiou traduções de obras de João Gilberto Noll em países como Estados Unidos, Itália e Macedônia. Como bolsista do Programa de Residência de Tradutores Estrangeiros no Brasil, a tradutora italiana Jessica Falconi encontra-se atualmente no Brasil, percorrendo uma agenda de trabalho e pesquisa relacionada à tradução de Hotel Atlântico, romance publicado em 1989. A obra, aliás, foi adaptada para as telas por Suzana Amaral em filme homônimo, de 2009.
Em 1990, o programa O Teatro do Texto, da Biblioteca Nacional, levou duas dezenas de autores a percorrer bibliotecas do Norte e Nordeste do Brasil, incluindo o próprio João Gilberto Noll, mas também Ferreira Gullar, Lya Luft, Chacal, Moacyr Scliar e Ignacio de Loyola, entre outros.
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