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Quem explica é o Chefe da Divisão de Manutenção Administrativa (DMA) da Biblioteca Nacional, Rodrigo Uchôa. Ele esclarece que o Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio é objeto de manutenção periódica programada, a cada três meses, realizada em parceria com empresa especializada, com o propósito de verificar o funcionamento dos equipamentos que o compõem, para que estejam prontos para serem acionados caso necessário, garantindo a atuação preventiva da brigada de incêndio, ou a evacuação do prédio em casos extremos.
Uchôa informa ainda que neste momento a Biblioteca Nacional está aprimorando o seu Plano de Emergência – também conhecido como Plano de Prevenção Contra Incêndio e Pânico (PPCIP) –, que norteia as ações de segurança da Instituição, e cuja revisão mais recente data de dezembro de 2018: “a nova versão trará estruturação atualizada dos procedimentos de segurança, com o objetivo de adequá-los às normas mais recentes e elevar nossas ações preventivas e emergenciais a um novo patamar de excelência”.
O Chefe da DMA destaca que a segurança contra incêndio na Biblioteca Nacional envolve a coexistência de diferentes sistemas de detecção e alarme, ora funcionando de maneira complementar, ora em sobreposição. São eles:
- Sistema Pontual de Detecção de Fumaça, localizado no andar térreo;
- Sistema de Detecção de Fumaça por Aspiração, localizado nos armazéns e demais áreas de acervo;
- Sistema de Detecção Linear por Infravermelho (Fire Beam) – são equipamentos que se utilizam de feixes de laser para identificar eventual sinal de fumaça. Esse sistema é utilizado nos salões de leitura do 2º e 3º pisos;
- Rede de Acionadores Manuais – são os disparadores manuais do Alarme de Incêndio, distribuídos por todos os setores do edifício. Podem ser acionados por qualquer colaborador do Prédio Sede, ao detectar visualmente um foco de sinistro.
Os quatro sistemas operam em redundância e, em caso de princípio de incêndio, fazem a sinalização silenciosa para a central de alarme. Assim que recebem a sinalização da central de alarme, os brigadistas profissionais (que trabalham em plantão permanentemente para resguardar a segurança do prédio, em regime de 12x36 horas) se dirigem ao espaço em que o problema foi detectado e avaliam a possibilidade de conter o foco in loco, utilizando um dos mais de 200 extintores de incêndio distribuídos pela edificação. Se considerarem que há risco de propagação, as sirenes de alarme são disparadas.
Uma etapa fundamental no Plano de Emergência é o Exercício de Escape periódico, que simula uma situação de sinistro, com evacuação das dependências da Biblioteca Nacional, atividade que conta com a participação de todas as pessoas que trabalham na casa. A ação permite que a Equipe de Emergência – composta por colaboradores da área de brigada, vigilância e manutenção predial – verifique a eficiência dos procedimentos, teste equipamentos de segurança e coordene a ação de brigadistas voluntários e profissionais.
O Chefe da DMA exemplifica algumas melhorias que já foram incorporadas a partir da experiência adquirida com exercícios anteriores: sinalização mais eficiente para as rotas de escape e aquisição de equipamentos para utilização da brigada, como, por exemplo, megafones para que os voluntários possam transmitir orientações ao público de maneira clara e acessível.
Uchôa explica que novo exercício será realizado antes do final deste ano, com o acréscimo de uma máquina de fumaça de gelo seco para tornar a simulação mais realista. A equipe da DMA divulga a data aproximada de realização do exercício antecipadamente, e também no momento em que o alarme é acionado, para que as pessoas saibam que se trata de um exercício, evitando pânico. O objetivo, no entanto, é simular com fidelidade uma situação real de evacuação da edificação, para que todos os colaboradores e visitantes presentes sejam envolvidos, seguindo as orientações dos brigadistas profissionais e voluntários e abandonando o prédio imediatamente.
Por fim, Uchôa ressalta que o prédio sede da Biblioteca Nacional conta com equipamentos e sistemas fixos de combate a incêndio – uma Rede de Hidrantes com reserva técnica de 40.000 litros de água e um parque de 203 extintores de incêndio, que são verificados e testados regularmente pela Manutenção Predial e encontram-se plenamente operacionais. Algumas ações de reforma e ampliação estão em curso, planejadas para serem executadas nos próximos meses:
- Ampliação da Rede de Hidrantes, de 15 para 45, passando a cobrir também as áreas de acervo do prédio (obra prevista para iniciar no final de 2019).
- Readequação da estrutura física da Casa de Máquinas de Incêndio (CMI), com o objetivo de torná-la aderente às mais novas normativas de segurança.
- Renovação do parque de extintores de incêndio – serão redistribuídos de acordo com as características de combate a incêndio em cada área. Os brigadistas voluntários e profissionais passarão a contar com extintores do tipo ABC, apropriados para combate a todo tipo de sinistro, que não exige habilidades avançadas e conhecimento especializado de seu operador, trazendo ganho em agilidade e tempo de resposta a princípios de incêndio.
- Instalação do novo sistema de iluminação de emergência.
- Instalação da nova sinalização de emergência.
Os recursos para os investimentos previstos no Plano de Emergência da Biblioteca Nacional – ao todo, R$ 950.432,27 – são oriundos do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD) do Ministério da Justiça. Os recursos foram obtidos a partir da aprovação de projeto submetido pela Fundação Biblioteca Nacional ao Fundo, que é gerido por representantes do Governo Federal, Ministério Público Federal e sociedade civil. Os recursos do Fundo são aplicados em projetos de diferentes eixos temáticos, incluindo ações em prol da defesa do patrimônio cultural brasileiro.
