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![Novembro de 2019 - Luciane Medeiros e Gabriela Terrada. Novembro de 2019 - Luciane Medeiros e Gabriela Terrada.](https://antigo.bn.gov.br/sites/default/files/styles/large/public/imagens/noticias/2019/1206-servidoras-bn-participam-curso-sobre-atuais-desafios/galeria-6094-servidoras-bn-participam-curso-sobre-atuais.jpg?itok=Nha4n5ba)
O evento contou com 16 participantes ligados aos países parceiros do patrimônio cultural compartilhado: Brasil, Índia, Indonésia, Sri Lanka, Suriname e África do Sul.
Na ocasião, a Fundação Biblioteca Nacional foi representada pelas servidoras Luciane Simões Medeiros, arquivista e historiadora, chefe da Seção de Manuscritos, e Gabriela Ayres Ferreira Terrada, bibliotecária e arquivista da Biblioteca Nacional Digital - BNDigital - membro do Grupo de Estudos sobre Preservação Digital (GEPreD).
O curso faz parte da Política Cultural Internacional dos Países Baixos e está vinculado ao Programa de Patrimônio Cultural Compartilhado daquele país. Tem o propósito de estreitar parcerias pela preservação do patrimônio cultural compartilhado em todo o mundo para as gerações futuras.
O programa consistiu em palestras, trabalhos, discussões e visitas de campo a instituições de arquivo holandesas, como Arquivos da Cidade de Amsterdã, Instituto Holandês de Som e Visão e Doc-Direkt, tendo priorizado aspectos específicos do gerenciamento e manutenção de registros, desde a aquisição de arquivos em papel até sua preservação digital em um repositório eletrônico; dos sistemas de gerenciamento de coleções à transcrição de documentos com software de reconhecimento de texto manuscrito semiautomático, entre outros.
A troca de experiência perpassou temas que são desafios para as bibliotecas e arquivos atualmente, como o depósito digital, seguindo o modelo de referência OAIS (Open Archival Information System) para preservação digital a longo prazo, e a importância de pensar a preservação digital dos conteúdos produzidos atualmente, que já nascem digitais e que contam a nossa história – vídeos, fotos, sites, cobertura de eventos, etc., por exemplo.
Para além da participação das aulas, as servidoras da Biblioteca Nacional presentes no evento apresentaram três comunicações ao longo do curso. A primeira, apresentando a missão, visão, estrutura e desafios da instituição referentes aos arquivos. A segunda, um trabalho comparativo entre os marcos legais das instituições representantes do Brasil e do Suriname. Por fim, a terceira e última enfatizou o desafio de transcrever documentos manuscritos por intermédio do software Trankribus. Os setores da Biblioteca Nacional representados no curso – Manuscritos e Biblioteca Nacional Digital – demonstraram sintonia com a demonstração de um projeto piloto de transcrição de documentos referentes à participação holandesa no processo de colonização brasileira, custodiados na Seção de Manuscritos e disponíveis da BNDigital
Luciane destacou o reconhecimento dos profissionais de outros países pelo trabalho desenvolvido na Biblioteca Nacional: “fomos reconhecidos na área de conservação, pela maneira como lidamos com problemas de clima e umidade típicos de um país tropical”. Gabriela lembrou as referências dos pesquisadores aos recursos digitais da Biblioteca Nacional: “nosso website foi elogiado pela acessibilidade e versão em outros idiomas; já a BN Digital, foi citada pelo conteúdo de elevado padrão”. Além disso, os participantes puderam conhecer a Biblioteca Nacional por meio de vídeos das instalações e pelos materiais de divulgação produzidos com a ajuda de vários setores da Casa – catálogos, folders explicativos e livros, entre outros.
A troca de experiências e conhecimento foi viabilizada por um acordo de cooperação entre instituições que enfatiza a formação dos profissionais. Nesse sentido, um próximo passo será a multiplicação dos conhecimentos na FBN com o intuito de compartilhar as informações do primeiro Curso de Inverno: "Gerenciando Arquivos, Desafios e Chances para o arquivista do século XXI”.