Ampliando os caminhos de Rubem Fonseca na Biblioteca Nacional

terça-feira, 28 de abril de 2020.
Notícia
Rubem Fonseca, Agosto, O Selvagem da Opera, Carlos Gomes, Fundação Biblioteca nacional
Rubem Fonseca continuará sendo o autor de enorme influência que foi desde, pelo menos, o lançamento dos contos de "Feliz ano novo" em 1975, seu sexto livro. A partir de então, um retrato da realidade do país além de um olhar para a sordidez e a vileza humanas chegaram à literatura de uma maneira incomum. Autor de muitos leitores e vasta produção, são mais de 30 títulos publicados a partir da estreia com "Os prisioneiros", volume de contos de 1963, além de diversas adaptações para cinema, teatro e televisão.

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“Uma antientrevista com Rubem Fonseca”, Revista Manchete, 10 de outubro de 1970.
“Uma antientrevista com Rubem Fonseca”, Revista Manchete, 10 de outubro de 1970.

O reconhecimento e o sucesso ultrapassaram fronteiras. Em 2003, recebeu o Prêmio Camões, o de maior distinção para um autor de língua portuguesa, e o Prêmio Juan Rulfo de Literatura da América Latina e do Caribe. Com base nos dados do Programa de Apoio à Tradução, da FBN, obras suas já foram publicadas em 11 países. Já a WorldCat,  rede mundial de registros bibliográficos, aponta traduções em mais de 16 idiomas. 

A Biblioteca Nacional oferece diferentes caminhos para quem quiser expandir a experiência de leitura de seus livros. Seguem algumas sugestões relacionadas a “Agosto” e “O selvagem da ópera”, duas investidas na ficção histórica escritas na década de 1990.

Em "Agosto" (1990), Mattos, comissário de polícia, corre o Rio de Janeiro atrás do assassino de um empresário. É agosto de 1954 e, entre um copo de leite e outro - remédio para uma úlcera no estômago -, ele segue um fio que leva até os portões do Palácio do Catete e aos bastidores de outro crime, o Atentado da Rua Tonelero, que baleou o jornalista Carlos Lacerda e resultou na morte do major Rubens Vaz. (Fabio Lima)

- Siga o comissário Mattos pelas ruas do Rio de Janeiro com esse mapa turístico da cidade da década de 1950;

- Acompanhe a cadeia de acontecimentos que culminaram no suicídio de Getúlio Vargas com a leitura das edições de agosto de 1954 da "Tribuna da Imprensa" e da "Última Hora".

Escrito na forma de argumento para um filme, "O selvagem da ópera" (1994) narra a vida do compositor Carlos Gomes. Retrato do artista que chega à Itália em 1863 sob os auspícios de Pedro II e se destaca no centro mundial da música lírica. Enfrenta os estereótipos reservados a um compositor vindo das Américas, experimenta a glória e inova a arte operística. Sofre tragédias pessoais, como a morte do filho e a falência financeira.  

- A Biblioteca Nacional tem um precioso acervo relacionado a Carlos Gomes. Explore a partitura da obra mais conhecida do maestro, "Il Guarany", ópera encenada pela primeira vez em Milão em 1870;

- Em 1896, Carlos Gomes foi convidado para assumir a direção do Conservatório de Música de Belém do Pará. Poucos meses após chegar à cidade, o compositor é vítima de um câncer na língua e falece.  Veja fotos de Belém do final do século XIX na Brasiliana Fotográfica;

E visite a exposição virtual “A metrópole da Amazônia: 400 anos da cidade de Belém” na BNDigital;

A imagem principal está em “Uma antientrevista com Rubem Fonseca”, Revista Manchete, 10 de outubro de 1970.

Mapa da Cidade do Rio de Janeiro
O Guarani - Rubem Fonseca