Ao fim de abril de 1945, após sucessivos ataques tanto ao norte pelas forças aliadas como internamente pela resistência antifascista, Mussolini e sua amante, Clara Petacci, além de um grupo de destacados líderes fascistas, foram capturados em 27 de abril pelas forças resistentes ao tentarem escapar pela fronteira ítalo-suíça.
Apesar de certa controvérsia a respeito de quem de fato deu a ordem de execução dos capturados, a versão oficial aponta para o fuzilamento de Mussolini e Petacci em um muro da Vila Belmonte, no vilarejo de Giulino de Mezzegra, às 16:10 do dia 28 de abril, ordenado pelo Comitê Nacional de Libertação do Norte da Itália (CNLNI) – órgão que organizava a resistência antifascista na República de Saló.
O fuzilamento foi efetuado por Walter Audisio – conhecido pelo codinome “Coronel Valerio” –, representante comunista da região no Comando Geral do CNLNI. Após a execução, os corpos de Mussolini, Petacci e dos outros fuzilados foram expostos em público na Praça de Loreto, perto da estação ferroviária central de Milão, no dia 29 de abril e, depois de sofrerem o jugo popular, foram dependurados de ponta-cabeça em uma viga da estrutura metálica de uma construção inacabada de um posto de combustível da Companhia Standard Oil, antigo costume popular que remontava a Idade Média na península itálica usado para ressaltar a infâmia dos condenados.
Esses e outros fatos dos últimos momentos da resistência antifascista na República de Saló foram relatados em diário e depois publicados em livro por Audisio.