Há 75 anos, Benito Mussolini era fuzilado em praça pública

terça-feira, 28 de abril de 2020.
Notícia
Benito Mussolini, Praça pública, fuzilamento, Fundação Biblioteca nacional
A morte do ditador fascista italiano Benito Mussolini, em 28 de abril de 1945, foi um dos marcos do fim da II Guerra Mundial na Itália. Depois das sucessivas derrotas perante as forças aliadas e as forças de resistência, o que sobrou do estado fascista se instalou no norte da Itália, fundando a República de Saló, uma espécie de estado-fantoche da Alemanha nazista.

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A foto, que integra a coleção do jornalista Edmar Morel guardada pela Seção de Manuscritos da Biblioteca Nacional, “Coronel Valerio”, que fuzilou Mussolini, entrega uma cópia de seu livro a Morel.
A foto, que integra a coleção do jornalista Edmar Morel guardada pela Seção de Manuscritos da Biblioteca Nacional, “Coronel Valerio”, que fuzilou Mussolini, entrega uma cópia de seu livro a Morel.

Ao fim de abril de 1945, após sucessivos ataques tanto ao norte pelas forças aliadas como internamente pela resistência antifascista, Mussolini e sua amante, Clara Petacci, além de um grupo de destacados líderes fascistas, foram capturados em 27 de abril pelas forças resistentes ao tentarem escapar pela fronteira ítalo-suíça.

Apesar de certa controvérsia a respeito de quem de fato deu a ordem de execução dos capturados, a versão oficial aponta para o fuzilamento de Mussolini e Petacci em um muro da Vila Belmonte, no vilarejo de Giulino de Mezzegra, às 16:10 do dia 28 de abril, ordenado pelo Comitê Nacional de Libertação do Norte da Itália (CNLNI) – órgão que organizava a resistência antifascista na República de Saló.

O fuzilamento foi efetuado por Walter Audisio – conhecido pelo codinome “Coronel Valerio” –, representante comunista da região no Comando Geral do CNLNI. Após a execução, os corpos de Mussolini, Petacci e dos outros fuzilados foram expostos em público na Praça de Loreto, perto da estação ferroviária central de Milão, no dia 29 de abril e, depois de sofrerem o jugo popular, foram dependurados de ponta-cabeça em uma viga da estrutura metálica de uma construção inacabada de um posto de combustível da Companhia Standard Oil, antigo costume popular que remontava a Idade Média na península itálica usado para ressaltar a infâmia dos condenados. 

Esses e outros fatos dos últimos momentos da resistência antifascista na República de Saló foram relatados em diário e depois publicados em livro por Audisio.

A foto, que integra a coleção do jornalista Edmar Morel guardada pela Seção de Manuscritos da Biblioteca Nacional, “Coronel Valerio”, que fuzilou Mussolini, entrega uma cópia de seu livro a Morel.

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