8 de maio, dia da Vitória

sexta-feira, 8 de maio de 2020.
Notícia
vitória, Segunda Guerra Mundial, Benito Mussolini, Fundação Biblioteca nacional
A Segunda Guerra Mundial foi um dos maiores conflitos do século XX. Iniciada em 1939 e terminada seis anos depois, envolveu dois grupos de países: os Aliados, liderados pelos Estados Unidos e pela União Soviética (URSS – dissolvida em 1991) e o Eixo, liderado pela Alemanha nazista de Hitler. Diversos acontecimentos marcantes foram decisivos para o fim da guerra. A captura do ditador italiano, Benito Mussolini, em 27 de abril de 1945, pelos Partigianos – a resistência italiana – levou à sua execução no dia seguinte.

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Hoje, o dia da vitória (Correio da Manhã - RJ)
Hoje, o dia da vitória (Correio da Manhã - RJ)

Dias depois, com os acontecimentos ocorridos durante a Batalha de Berlim (iniciada em 16 de abril), e percebendo sua definitiva derrota, o ditador alemão Adolf Hitler resolveu evitar o destino de Mussolini e suicidou-se no seu bunker, em 30 de abril, juntamente com Eva Braun, sua companheira. Em 2 de maio, ocorreu o cessar-fogo na Itália. O mesmo dia, ainda, culminou com a Queda de Berlim e a primeira rendição alemã. Em 5 de maio, a resistência tcheca iniciou o Levante de Praga. Em 8 de maio, o Primeiro Ministro britânico Winston Churchill fez uma transmissão pelo rádio e anunciou que as hostilidades haviam terminado nas Ilhas do Canal.
A derrocada nazista ocorreu em 07 de maio de 1945, quando o general Alfred Jodl – do Alto Comando Alemão – assinou a incondicional rendição de todas as forças germânicas. O anúncio oficial seria feito só no dia 9, mas a imprensa noticiou no dia 8, que entrou pra história como o Dia da Vitória na Europa. A União Soviética manteve os festejos conforme o combinado, celebrando o fim da Grande Guerra Patriótica – como ficou conhecida na Rússia e nos países da antiga URSS – em 9 de maio. Está entre as datas mais lembradas pelos russos, junto com a Revolução Russa de 1917 e o primeiro voo espacial de Yuri Gagárin.
Pelo mundo, milhões de pessoas festejaram o fim da guerra, que, em certas partes do oriente, ainda durou mais alguns meses. Uma das celebrações mais marcantes ocorreu em Londres, onde mais de um milhão de pessoas comemoraram o fim do conflito. 
O Brasil foi o único país da América Latina que participou diretamente dos conflitos na Europa. A Força Expedicionária Brasileira – FEB – enviou cerca de 25 mil soldados ao norte da Itália, onde lutaram junto ao Exército Americano. Foi protagonista de vitórias importantes, tomando regiões dominadas pelos nazistas, como a famosa tomada de Monte Castello (que durou três meses), e batalhas em Massarosa, Camaiore e Monte Prano e Castelnuovo. E foi na Batalha de Montese – em 14 de abril de 1945 – que a atuação da FEB foi considerada essencial para retomada da Itália. A participação do Brasil nos conflitos era desacreditada e dizia-se que era mais fácil uma cobra fumar do que o país integrar os esforços de guerra. Em 2 de julho de 1944 ocorreu a viagem do primeiro contingente da Força Expedicionária Brasileira, sob o comando do general Zenóbio da Costa. O país entrou oficialmente na guerra e “a cobra fumou”. Por conta disso, os soldados utilizaram o desenho de uma cobra fumante como seu símbolo. Mais de 400 militares morreram em batalha e são considerados heróis da nação.
O Brasil celebra o Dia da Vitória com diversas atividades, como exposições e desfiles de veículos de combate, solenidades como a do Monumento Nacional em Homenagem aos Mortos da Segunda Guerra Mundial – popularmente conhecido como Monumento aos Pracinhas (como eram chamados os soldados da FEB) – no Aterro do Flamengo, e a entrega da Medalha da Vitória a ex-combatentes e civis que os representam. Segundo o Ministério da Defesa “a Medalha da Vitória se destina a agraciar militares das Forças Armadas, civis nacionais, militares e civis estrangeiros, policiais e bombeiros militares e às organizações militares e instituições civis nacionais que tenham contribuído para a difusão dos feitos da Força Expedicionária Brasileira e dos demais combatentes brasileiros durante a 2ª Guerra Mundial”.

(Rodrigo Basile)