Beber ou não beber na quarentena? Eis a questão!

segunda-feira, 4 de maio de 2020.
Notícia
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O povo brasileiro é conhecido pelo carisma e alegria. Muitos de nós regamos essa alegria com álcool, nada como uma boa cachaça. Bebemos para confraternizar com os amigos, bebemos em casa para relaxar, bebemos quando estamos felizes e também quando estamos tristes. Algumas regiões do país possuem um consumo mais elevado de bebidas alcóolicas, como podemos ver no folheto publicado provavelmente em meados do século XX.

Há mais de um mês, uma grande parte da população brasileira é mantida em quarentena como forma de evitar a propagação da Covid-19. Em meio a campanhas pelo uso de álcool para higienizar as mãos, há também aqueles que optam pela ingestão de bebidas alcoólicas para garantir uma proteção mais eficaz. Se você está fazendo isso – CUIDADO! – Você está fazendo isso errado!

A ingestão de bebida alcoólica não apenas não tem efeito de proteção contra a Sars-Cov 2, como baixa a imunidade nos deixando mais vulneráveis ao vírus.

Quais as consequências do consumo de álcool durante a quarentena?

Precisamos pautar que o isolamento social é um fator que pode desencadear problemas de ansiedade e depressão, entre outras patologias psíquicas que podem ser agravadas com o consumo de álcool. O alto consumo de bebidas alcoólicas também pode gerar conflitos entre as pessoas confinadas em uma mesma casa, já que o álcool inibe o funcionamento do lobo pré-frontal do cérebro que é responsável pela tomada de decisões e controle das emoções. É por isso que, quando bebemos, nos sentimos corajosos, declaramos nossas paixões e dançamos em cima da mesa do bar. Mas essa alteração no cérebro deixa de ser engraçada quando a impulsividade dá lugar à violência física e verbal. Não é por acaso que a violência doméstica tem uma relação intrínseca com o alcoolismo.

Os problemas com o consumo de álcool não param por aí.

Além de baixar a imunidade e de nos deixar mais impulsivos, o consumo diário de bebidas alcóolicas pode nos levar à dependência química. Não é novidade que o consumo excessivo de álcool pode causar doenças como úlcera, gastrite, hepatite, cirrose, hipertensão, impotência sexual, infertilidade, etc...