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![Hospedaria dos Imigrantes em SP. Hospedaria dos Imigrantes em SP.](https://antigo.bn.gov.br/sites/default/files/styles/large/public/imagens/noticias/2020/0624-25-junho-dia-imigrante/cobertura-6571-25-junho-dia-imigrante.jpg?itok=Q03emq6_)
A imigração é parte fundamental da história brasileira e ganhou fôlego em 1808, quando D. João VI decretou a Abertura dos Portos e permitiu que estrangeiros possuíssem terras no Brasil. Além dos portugueses colonizadores, italianos, alemães, ucranianos, poloneses, suíços e japoneses foram alguns dos povos que aqui chegaram. Boa parte foi trabalhar nas lavouras de café e, posteriormente, na extração da borracha.
O IBGE aponta que entre 1884 e 1959 o país recebeu quase 5 milhões de estrangeiros. Esse volume decaiu entre as décadas de 1960 e 1990 e cresceu nos últimos anos, em particular com a vinda de venezuelanos e haitianos.
Dentre os grandes núcleos de imigrantes no Brasil, destacam-se os italianos e japoneses no estado de São Paulo, os espanhóis em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, e os alemães nos estados do sul do país. O Rio de Janeiro foi amplamente povoado por estrangeiros em lugares como Petrópolis (alemães), Nova Friburgo (suíços) e o distrito de Penedo em Itatiaia (finlandeses).
O Brasil conta com o maior número de descendentes de italianos do mundo e, segundo estimativas do governo, cerca de 23 a 25 milhões de brasileiros tem algum grau de ascendência italiana. Bairros de São Paulo como Bixiga, Brás e Mooca (onde ficava a Hospedaria dos Imigrantes) são grandes redutos.
Atualmente, os acordos de livre comércio e circulação envolvendo blocos de países e os avanços nos meios de locomoção, tornam as fronteiras mais fluidas. Segundo dados da ONU, cerca de 175 milhões de pessoas vivem fora do país de origem. O número também inclui aproximadamente 25 milhões de refugiados espalhados pelo mundo. Isso leva à formulação de políticas migratórias para equalizar os aspectos positivos da migração e a redução dos seus efeitos negativos.
(Rodrigo Basile, BNDigital)