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![Revista do Rádio, edição 66, ano 1950. Revista do Rádio, edição 66, ano 1950.](https://antigo.bn.gov.br/sites/default/files/styles/large/public/imagens/noticias/2020/0619-biblioteca-nacional-homenageia-aracy-almeida/cobertura-6557-biblioteca-nacional-homenageia-aracy-almeida.jpg?itok=u2DZ9Epn)
Como artista era uma cantora que fugia aos padrões convencionais. Um jeito de se vestir masculinizado, voz anasalada, um jeito decantar dividindo a melodia e um comportamento boêmio. Vivia entre a boemia do Rio de janeiro e São Paulo, viajando de trem, que segundo ela era o “avião dos covardes”. Morou com Vinícius de Morais e Antônio Maria nos anos de 1950. Foi por esta época que, num espetáculo da Boate Vogue, no Rio de Janeiro, Aracy apresentou um espetáculo cujo repertório era basicamente de obras de Noel Rosa, na época esquecido do público. Foi um sucesso e a redescoberta da obra de Noel Rosa.
O disco de estreia desta redescoberta foi o álbum “Noel Rosa”, um dos primeiros chamados de “conceituais” da fonografia nacional, na forma e no conteúdo, totalmente autoral. A imagem que ilustra este post é uma entrevista de Aracy sobre a gravação deste álbum. Era um luxo na época! Capa de Di Cavalcanti, textos de Lúcio Rangel e Fernando Lobo e direção musical de Radamés Gnatalli. A Divisão de Música da Biblioteca Nacional possui um exemplar deste álbum.
(Seção de Iconografia)