Lives da BN | Histórias da Nova Holanda

sexta-feira, 10 de setembro de 2021.
Notícia
Fundação Biblioteca nacional, FBN, Lives da BN
Lives da BN | Histórias da Nova Holanda Live de apresentação do Dossiê Digital “Histórias da Nova Holanda”, com a presença do prof. Bruno Miranda (UFRPE) e comentários de Maria Eduarda Marques (Diretora-Executiva da FBN) e João Carlos Nara Jr. (CCD-FBN).

O Dossiê Digital “Histórias da Nova Holanda” é resultado de uma cooperação entre a Biblioteca Nacional do Brasil e o Arquivo Municipal de Amsterdã, através do Projeto Resgate Barão do Rio Branco.

O conteúdo disposto no portal da BNDigital foi produzido pelos pesquisadores Bruno Miranda e Mark Ponte e conta com 12 partes com textos e imagens: introdução; Um duelo fatal em Sirinhaém; A afro-brasileira Juliana em Amsterdã; O comércio de escravos de Maurício de Nassau; Mulheres europeias no Brasil holandês; Naufrágio; Vendedores de alma; O último motim; Aliados essenciais; A consciência do estado; A jornada de Caspar Schmalkalden ao Brasil (1642-1645); e, Gaspar Dias Ferreira, um iago nos trópicos.

A seguir um trecho da introdução "A vida entre o Recife e Amsterdã":

No Arquivo Municipal de Amsterdã podem ser encontrados milhares de documentos relacionados ao Brasil no tempo em que a Companhia das Índias Ocidentais governava aquela região (1630-1654). As declarações dadas aos notários de Amsterdã por soldados, marinheiros, mercadores e suas esposas dão uma imagem da vida efervescente da colônia ali instalada.

Pouco tempo depois de sua fundação, em 1621, a Companhia das Índias Ocidentais logo direcionou suas atividades para as áreas açucareiras da região nordeste do Brasil. Em 1624, as forças da Companhia tomaram Salvador, a capital da colônia. Incapazes de segurar o território, os holandeses capitularam e deixaram a cidade. Em 1630, eles repetiriam o assalto ao Brasil, tomando Olinda, capital da Capitania de Pernambuco. Pernambuco e áreas vizinhas constituíam a área de maior produção de açúcar do mundo. Nos anos seguintes, várias capitanias foram caindo nas mãos das forças da Companhia. Esses territórios formariam a base da Nova Holanda, ou do que comumente se chama o Brasil-holandês, que teve por sua capital a atual cidade do Recife.

O curto período sob o domínio dos holandeses foi uma época de diversidade sem precedentes. Moravam no Recife pessoas de religiões, origens étnicas e culturas variadas. A Companhia se ocupava do comércio de escravos em grande escala e milhares de africanos escravizados foram levados para o Recife e de lá destinados para as plantações de cana-de-açúcar. Os holandeses ainda forjaram alianças com os nativos, os chamados "brasileiros" (brasilianen). No Recife também foi organizada a primeira comunidade judaica da América. Como a colônia esteve quase permanentemente em guerra, também havia milhares de mercenários: rapazes e jovens adultos de toda a Europa que trouxeram consigo seus próprios idiomas e culturas.

Acesse o conteúdo completo do Dossiê aqui. [incluir link - http://bndigital.bn.gov.br/dossies/historias-da-nova-holanda/]

A Fundação Biblioteca Nacional convida para um episódio da série “Lives da BN”.

 

Quinta-feira, 30 de setembro de 2021, às 17:00.

Histórias da Nova Holanda
Por Bruno Miranda (UFRPE)

Com comentários de João Carlos Nara (CCD-FBN) e Maria Eduarda Marques (Diretora-Executiva, FBN)   

 

Bruno Miranda é professor adjunto do Departamento de História da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), desde 2013, e membro do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano desde 2012. Desenvolve pesquisas sobre a história do Brasil colonial, com foco em História Militar, História Moderna, História Indígena, expansão ultramarina portuguesa e neerlandesa nos séculos XVI e XVII e paleografia portuguesa e neerlandesa dos séculos XVI e XVII. É editor-chefe da Revista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano desde 2014. Obteve Doutorado em História no Instituto de História da Universidade de Leiden, Países Baixos, em 2011, com a tese "Gente de guerra: Origem, cotidiano e resistência dos soldados do exército da Companhia das Índias Ocidentais no Brasil (1630-1654)", sob supervisão do Dr. Gert J. Oostindie (KITLV, Instituut voor geschiedenis, Universiteit Leiden) e da Dr.a Marianne L. Wiesebron (Universiteit Leiden). Essa pesquisa foi financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) entre os anos de 2007 e 2011, e teve por objetivo reconstruir o cotidiano de vários personagens anônimos que participaram da conquista e ocupação do Brasil, bem como investigar as condições de vida diária da gente de guerra enviada ao Brasil entre os anos de 1629 e 1653. Entre os anos de 2012 e 2013, fez estágio pós-doutoral na Universidade Federal de Pernambuco com financiamento da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE). No período que antecedeu seu doutorado, recebeu bolsa do Coimbra Group Scholarships Programme for young Professors and Researchers from Latin American Universities e foi pesquisador visitante, entre fevereiro de 2007 e abril de 2007, no Research School of Asian, African, and Amerindian Studies (CNWS), Universidade de Leiden, Países Baixos. Bruno Miranda também tem mestrado em História pela Universidade Federal de Pernambuco (2006), financiado pela CAPES entre os anos de 2004 e 2006. Na mesma instituição fez licenciatura em História (2003). É membro dos grupos de pesquisa "Núcleo de Estudos Impérios Coloniais", do Departamento de História da Universidade Federal Rural de Pernambuco, e "O Mundo Atlântico", do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco. Suas pesquisas tiveram financiamento de agências de fomento como o Coimbra Group (Associação Internacional de Universidades Europeias - Bruxelas), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a CAPES e a FACEPE. ORCID iD: https://orcid.org/0000-0003-0933-0463

 

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