200 da Independência | Almirante Thomas Cochrane e a Marinha do Brasil

terça-feira, 30 de novembro de 2021.
Notícia
Fundação Biblioteca nacional, FBN, Lives, 200 da Independência
No último episódio do ano da série dos 200 da Independência, a Biblioteca Nacional traz a discussão sobre uma das personagens mais controversas dos conflitos da Independência, o almirante Thomas Cochrane. Como convidados o editor e escritor George Ermakoff, autor de “Lorde Thomas Cochrane, um guerreiro escocês a serviço da Independência do Brasil” e o Vice-Almirante (Ref.) Armando de Senna Bittencourt. E para comentar o pesquisador do PNAP-FBN e professor da UFMA, Roni César Andrade de Araújo.

Quando a notícia de que a província do Maranhão havia, enfim, aderido à Independência chegou ao Rio de Janeiro, em 1º de outubro de 1823, a Assembleia Constituinte, em sessão do dia seguinte, pôs-se a discutir sobre o envio ou não de agradecimento oficial a Lorde Cochrane, em reconhecimento ao sucesso daqueles eventos no Norte do Brasil. A discussão que dividiu opiniões dos senhores deputados nos serve como prenúncio do que viria a ser o registro historiográfico em torno da biografia daquele que foi o 1º Almirante da Marinha do Brasil.

Alçado à condição de herói por muitos jornais que se dedicaram a narrar as aventuras do lorde escocês pelas províncias resistentes ao movimento da Independência capitaneado pelo Rio de Janeiro, a figura de Lorde Cochrane e os sucessos alcançados à frente da Armada Nacional ficaram, em parte, marcados pelas disputas travadas com o Tribunal de Presas em torno das indenizações das presas de guerra, que julgava ter direito.

Não obstante os registros que se antagonizam em torno deste personagem, falar das guerras que resultaram na Independência do Brasil traz obrigatoriamente Lorde Cochrane para a centralidade da discussão. (Roni César Andrade de Araújo, PNAP-FBN)

 

A Fundação Biblioteca Nacional convida para mais um episódio da série “200 da Independência”.

Quinta-feira, 9 de dezembro de 2021, às 17h

Almirante Thomas Cochrane e a Marinha do Brasil

Por Armando de Senna Bittencourt (Vice-Almirante (Ref.-EN) e George Ermakoff (Editor e escritor)

Comentários de Roni César Andrade de Araújo (PNAP-FBN e UFMA)

 

A quarta capa de “Lorde Thomas Cochrane, um guerreiro escocês a serviço da Independência do Brasil” (G. Ermakoff, 2021), o autor traz a seguinte reflexão:

Com uma vida recheada de aventuras e polêmicas, lorde Thomas Cochrane foi um oficial naval e herói de guerra britânico que se engajou nas Guerras de Independência do Chile, Peru, Brasil e Grécia, comandando suas forças navais.

Apesar de ser um dos principais responsáveis pela consolidação da soberania e da integridade do território brasileiro, seu nome, às vésperas da efeméride do bicentenário da Independência, ainda continua pouco conhecido pela maioria da população.

Convidado pelo imperador para comandar a recém-formada Marinha imperial brasileira, Cochrane chegou em nossas terras, em março de 1823, com o firme propósito de expulsar as tropas portuguesas que ainda ocupavam as províncias do Norte e do Nordeste e, posteriormente, de combater a Confederação do Equador, movimento revolucionário republicano que almejava desmembrar Pernambuco e outras províncias do território brasileiro. E ele cumpriu sua missão com ousadia e destemor”.

 

Armando de Senna Bittencourt é Vice-Almirante Engenheiro Naval, Reformado. Graduado em Ciências Navais pela Escola Naval e em Engenharia Naval pela Universidade de São Paulo (USP). É Mestre em Arquitetura Naval pela Universidade de Londres. Cursou Política e Estratégia Marítima na Escola de Guerra Naval (EGN). É sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e de diversas outras instituições congêneres no País e no exterior. É membro da Academia de Marinha de Portugal. Foi Diretor do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha por quase treze anos, Diretor de Engenharia Naval da Marinha por oito anos e Presidente da Sociedade Brasileira de Engenharia Naval por quatro anos.

George Ermakoff é bacharel em Ciências Econômicas pela Faculdade de Economia e Administração do Rio de Janeiro, especialista em Engenharia Econômica e Administração Industrial pela Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio de Janeiro e tem Pós-graduação em Administração de Empresas pela Harvard Business School, AMP- Advanced Management Program. Na área empresarial: Trabalhou na indústria de transporte aéreo desde 1968 até 2008. Dentre outras funções ocupou os cargos de assistente do diretor de planejamento econômico da Varig, superintendente de aeroportos da Varig, diretor regional da Varig em Brasília, diretor-presidente da Rio-Sul Linhas Aéreas, diretor-presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (patronal), diretor operacional da malha integrada da Varig, e sócio-gerente da RPK Consultoria Econômica Empresarial. Na área cultural tem diversas contribuições importantes, como autor dos livros Lorde Thomas Cochrane, um guerreiro escocês a serviço da Independência do Brasil; Bibliotecas Brasileiras; Genevieve Naylor: uma fotógrafa norte-americana no Brasil, 1940-1942; Rio de Janeiro 1840-1900: uma crônica fotográfica; Rio de Janeiro 1900-1930: uma crônica fotográfica; Rio de Janeiro 1930-1960: uma crônica fotográfica; Paisagem do Rio de Janeiro: aquarelas, desenhos e gravuras dos artistas viajantes, 1790- 1890; Theatro Municipal do Rio de Janeiro: 100 anos; Augusto Malta e o Rio de Janeiro, 1903-1936; O negro na fotografia brasileira do século XIX; Juan Gutierrez: imagens do Rio de Janeiro, 1892-1896. Coautor de Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, 1590-2015, juntamente com D. Mauro Fragoso OSB. Organizador do Dicionário biográfico ilustrado de personalidades da história do Brasil e organizador com Alexei Bueno de Duelos no serpentário, uma antologia da polêmica intelectual no Brasil 1850-1950. Em 2003, fundou a G. Ermakoff Casa Editorial Ltda., no Rio de Janeiro, a qual dirige até hoje.

Roni César Andrade de Araújo é graduado em História pela Universidade Estadual do Maranhão (2004), especialista em História do Maranhão pela Universidade Estadual do Maranhão (2005), mestre em História pela Universidade Federal da Paraíba (2008). É Professor Adjunto 3, do Curso de Licenciatura em Ciências Humanas da Universidade Federal do Maranhão, Campus Grajaú. Doutor em História pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (2018). Atua, principalmente, nas áreas de História do Brasil e Maranhão Oitocentista, de História Política e de História e Imprensa. É pesquisador do Núcleo de Estudos do Maranhão Oitocentista – NEMO, e em 2020 foi contemplado no edital do Programa Nacional de Apoio à Pesquisa da Fundação Biblioteca Nacional (PNAP-FBN), cujo tema da pesquisa está nesse link: https://www.bn.gov.br/es/node/7057

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