Luiz Ramiro saudou a comemoração do bicentenário e lembrou que a Biblioteca Nacional é um órgão federal situado no Rio de janeiro, cidade que atravessa o Brasil como nenhuma outra e isso torna a nossa condição central para pensar o bicentenário da Independência, com soberania, liberdade e independência, os três termos usados pelas ações do governo federal.
“A forma com que a Alerj traz tudo isso, com um evento que começa pedindo a intercessão de Deus, e com os hinos Nacional e da Independência é algo raro e tem tudo para dar certo. “É raro ouvir falar de pátria e desses valores. É um movimento de resgate que é muito necessário. Esse exercício é central e único”, afirmou Luiz Ramiro, lembrando que a Biblioteca Nacional é instituição nacional, e através de suas ações cria representatividade para o país inteiro e para o mundo. “Na verdade, o mundo olha a Biblioteca Nacional porque não há outra biblioteca nacional. O Rio tem uma condição de capilaridade permanente, como lugar de visão nacional”.
Para Ramiro, 2022 é o ano mais importante para a Pátria dentro do século, como o foram 1922, 1972 e 1872 e, naturalmente, 1822.” É uma ação de resgate do Brasil, que é o que precisamos. Resgatar, salvar este país”, complementou.
O presidente da Biblioteca Nacional parabenizou os deputados pela iniciativa da criação da Frente Parlamentar, afirmando que a instituição está aberta a receber incentivos e fazer cooperações, tendo como cuidado maior a preservação, a memória, a difusão daquilo que merece.” Este é o nosso trabalho”.
O deputado Filipe Soares começou sua fala explicando que este é um momento importante para nossa história, que vem sendo atacada desde o início da República. Segundo ele, grupos tentam desde a primeira constituição manipular nossa história, para favorecer seus próprios interesses, ocultando símbolos nacionais, enquanto supervalorizam outros que nada representam.
“Essa Frente Parlamentar terá como meta de trabalho promover a valorização da nossa história até os dias atuais, enaltecendo nossas raízes, pois a independência de uma nação não se realiza em um único instante da história, sendo necessário um esforço constante de cada geração para alcançar novos patamares e preservar aqueles já alcançados. No bicentenário de nossa independência, lembramos nossa responsabilidade de garantir a liberdade, a soberania e a independência conquistadas por nossos fundadores e herdadas por nós. Esse é o nosso compromisso, é o nosso dever”, ressaltou.
Para o deputado Marcio Gualberto, a Frente Parlamentar querendo colaborar tem a intenção de contribuir para o resgate da verdadeira história, que tem grandes vultos como a princesa Isabel – o papel dessa mulher formidável - e de outras questões sobre as quais precisamos fazer um grande debate, sem amarras ideológicas. “Esse debate precisa acontecer, disse ele. “O bicentenário nos recorda que somos um país livre e assim queremos permanecer. Queremos um país que viva verdadeiramente a democracia na sua plenitude, não podemos aceitar que aqui ou ali, algumas pessoas com grande relevância flertem com o autoritarismo e queiram implodir nossas liberdades mais fundamentais, jogando fora das quatro linhas. Queremos recordar que é muito bom ter liberdade e viver num país democrático e o bicentenário nos traz a recordação de que o país tem uma brava gente brasileira que deseja continuar assim livre para expor dentro das leis e da respeitabilidade”.
O terceiro deputado a falar na reunião, Anderson Moraes, lembrou que o Sete de Setembro está chegando e o povo irá novamente às ruas para gritar por sua liberdade. Ele acha que dentro da grande maioria da população brasileira existe um grito de liberdade compara a situação atual com a de 200 anos atrás. “O Brasil tinha um nó na garganta e várias outras monarquias querendo influenciar dentro de nosso país, e hoje não é diferente disso. Temos um presidente eleito com quase 58 milhões de procurações em branco. As pessoas o colocaram para tomar as decisões mais importantes e vemos pessoas de fora, que nem eleitas foram, querendo comandar o país”. E finalizou pedindo que todas a meninas vissem nelas próprias uma Maria Leopoldina e cada rapaz se visse como José Bonifácio, “para que a gente possa ajudar o nosso D. Pedro I no grito de liberdade”.