A Fundação Biblioteca Nacional retomou a entrega da Medalha da Ordem do Mérito do Livro para 200 pessoas da sociedade brasileira. Foram dois tipos de Diplomas aos agraciados, a do Mérito Cultural, a ex-servidores, intelectuais e representantes de instituições culturais, e, de Amigos da Biblioteca Nacional, a políticos, empresários, jornalistas, instituições e personalidades da sociedade civil, que foram convidados a firmar ou reafirmar uma amizade com a Biblioteca Nacional e a Cultura.
O evento ocorreu nas dependências do prédio-sede da Fundação Biblioteca Nacional, na última sexta-feira, dia 1º de julho, Dia Mundial das Bibliotecas.
https://www.bn.gov.br/acontece/noticias/2022/07/bn-promove-evento-solene...
O caráter do prêmio é, desde sua criação, homenagear, de maneira ampla, democrática e plural, elementos da sociedade por seus laços com o mundo da cultura e de amizade com a Biblioteca Nacional, conforme lista dos agraciados entre os anos 1980 e 1990.
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A lista deste ano foi, como referido, plural e democrática, contemplando, na parte da manhã, bibliógrafos, lexicógrafos, linguistas, gramáticos, críticos, professores, historiadores, diretores de instituições irmanadas, escritores e sociólogos. Contemplou-se aqui, de modo mais incisivo, o mérito cultural dos agraciados, isto é, sua contribuição para o engrandecimento da cultura nacional.
Além desses, na parte da tarde, parlamentares dos três níveis da Federação - União, Estado do Rio de Janeiro e Município do Rio de Janeiro e de Petrópolis - também foram agraciados. Contemplou-se aqui o espírito e os laços de amizade e de parceria com a Biblioteca Nacional do Brasil. É da mais alta importância que a Fundação Biblioteca Nacional se aproxime e mantenha relações de apoio institucional com parlamentares e suas respectivas Casas Legislativas. E isso deve ser sim, não somente pelas pautas legislativas que são de interesse da FBN, como pela circunstância relativa às emendas parlamentares. Hoje, mais do que nunca, a preservação e expansão das entidades públicas, tanto na área da cultura como em outras, depende da atenção e recursos da classe política. O caso da Fundação Biblioteca Nacional não é diferente.
Instituições culturais homenagearem políticos é tradição bem estabelecida no Brasil e em outros países. Nada mais natural e corriqueiro que instituições de Estado, tal como esta, se aproximem de parlamentares e agentes políticos os mais diversos. São eles os detentores do mandato popular conferido nas urnas. É como funcionam as democracias.
O mesmo vale para o empresariado e para figuras de proa da sociedade civil, que também foram homenageados na parte da tarde. A aproximação com esses setores da sociedade é da mais alta relevância para a sustentabilidade cultural a médio e longo prazos. Sem uma ampla rede de parceiros e amigos que captem recursos, seja por meio das leis de incentivo, seja por meio de outros mecanismos de patrocínio e apoio, para os projetos e ações institucionais da mais antiga instituição cultural do país, não haverá futuro alvissareiro.
Agora, antes de todas essas personalidades públicas e privadas, os grandes homenageados do 1º de julho, na parte da manhã, foram ex-servidores da Biblioteca Nacional. A direção da Fundação Biblioteca Nacional, com a colaboração do corpo de servidores e de terceirizados, realizou um esforço hercúleo para, por meio de uma cerimônia singela, mas altamente significativa, recuperar a memória, a honra e a dignidade de servidores que, durante décadas, doaram suas inteligências e suas energias para a construção da Biblioteca Nacional. No mesmo período, e ainda com a marca de Mérito Cultural, os intelectuais, professores, instituições culturais, científicas e parceiras da Fundação Biblioteca Nacional, foram agraciados.
A honraria foi dada em caráter personalíssimo, ainda que a pessoa estivesse representando uma instituição. Na homenagem foram abarcados os diversos matizes da vida brasileira, compreendendo seus contrastes e setores, reafirmando assim o respeito à pluralidade e à liberdade, que são valores desta instituição e sem as quais não pode existir cultura no sentido superior do termo.
A cerimônia e toda a composição do evento foi uma realização interna, feita pelo corpo de servidores e colaboradores, que se esmeraram para que tudo ocorresse bem. Dadas as limitações de espaço e de recursos, foi necessário fechar o acesso ao público por dois dias – um para a preparação do evento no hall de entrada e um para a realização do próprio evento. Os pesquisadores com horários marcados para aqueles dias foram (e serão) realocados para datas oportunas.
Por limitações de espaço e questões de segurança, o acesso a jornalistas e público externo foi restrito. Foi pedido, inclusive, que os agraciados não levassem acompanhantes ou, caso o fizessem, levassem apenas um. Não obstante, a Presidência convidou o corpo de servidores a, em querendo, prestigiar o evento. A cobertura do evento foi produzida por nossa equipe e estará disponível no portal da Biblioteca Nacional na Internet.
Por orientação da SECOM, Secretaria de Comunicação, as redes sociais de órgãos ligados administrativamente ao Governo Federal precisaram ser desativadas a partir de 02 de julho de 2022 até o final do calendário eleitoral, para enquadramento à lei eleitoral e jurisprudência do TSE. Isso ocasionou dificuldades técnicas para responder à imprensa e ao público eficazmente. Do mesmo modo, a organização do evento sofreu percalços e dificuldades por conta do prazo exíguo para a sua organização, e isso em virtude da necessidade de se atender ao calendário eleitoral.
A legalidade, a liberdade, a civilidade, a defesa da cultura e identidade nacionais são valores sempre presentes aos olhos da Biblioteca Nacional do Brasil, e se envolve precipuamente com os valores que marcam o Bicentenário da Independência, a soberania, a liberdade e a independência.
02 de Julho de 2022, ano do Bicentenário da Independência do Brasil.