Bolsista - Iniciação Científica
Dando continuidade ao trabalho referente às questões acerca da população negra em São Luis do Maranhão, procuramos nesta etapa do trabalho focalizar nossa análise nas habitações. Feitiçaria, ajuntamento, jogatina, chinfrim, batuques e desordens – principais objetos de denúncia publicados nos jornais de ambas as cidades – estavam inseridos nas habitações populares. O documento utilizado para este trabalho é o jornal A Pacotilha, que faz parte do acervo de periódicos da Biblioteca Nacional. Dada a qualidade das informações contidas neste jornal, concentramos nossas análises especificamente nele. A década de 1880 é particularmente rica em informações, sendo por este motivo que focalizamos a análise a partir deste período. A seguir temos um breve resumo das atividades realizadas e dos ganhos até o momento.
Durante a primeira concessão da bolsa de pesquisa, concentramos as atividades em retirar as informações de quatro jornais da seção de periódicos da Biblioteca Nacional. Os jornais utilizados foram: Pacotilha, Publicador Maranhense, O Paiz (São Luis) e Diário do Maranhão. Ao longo desse processo, percebemos que no jornal Pacotilha, nas últimas décadas do século XIX, abria espaço em suas folhas para discutir a questão das moradias nas quais viviam africanos e crioulos. Ajuntamentos em tavernas, quitandas e casas de zungu sempre foi uma questão preocupante para as autoridades em todo Brasil. Assim, com o intuito de centralizar melhor o debate sobre a população negra em São Luis, nessa segunda parte do trabalho, buscamos compreender as relações estabelecidas por estes no interior de suas habitações. Sabe-se através dos relatos dos jornais que nestas habitações serviam de ponto de encontro para africanos e crioulos, onde exerciam várias atividades como jogos de divertimento e música, por exemplo. Ressaltamos que esta é uma pesquisa em andamento.
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