Percepções urbanas em jogo: os impactos da Copa do Mundo de 1950 à luz da imprensa carioca

Novembro, 2010
Erick Silva Omena de Melo
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Copa do mundo, Imprensa, bolsista mestre

Bolsista Mestre

Ao longo das últimas décadas o governo brasileiro tem envidado esforços cada vez
maiores no sentido de tornar o país um consolidado anfitrião de mega-eventos esportivos de
porte internacional, acompanhando uma tendência presente em outros países em
desenvolvimento. Neste período, a primeira tentativa concreta de inserção na acirrada disputa
por tal condição se deu com a candidatura de Brasília para sediar os Jogos Olímpicos de 2000,
lançada no início da década de 1990, durante o governo Collor (1990-1992). Desde então,
uma série de novos intentos com o mesmo objetivo foram engendrados, como as candidaturas
da cidade do Rio de Janeiro visando as Olimpíadas de 2004 e 2012, e a pré-candidatura da
cidade de São Paulo para os Jogos Olímpicos de 2012. Contudo, tais iniciativas não lograram
êxito. Foi apenas após a capital fluminense ter sediado os Jogos Pan-americanos de 2007, um
evento de menor porte, que novos horizontes puderam ser vislumbrados para as principais
aspirações relacionadas a estes projetos1.

Neste contexto, os representantes do Rio de Janeiro foram finalmente contemplados
com o direito de organizar vários mega-eventos esportivos na década que agora se inicia: os
Jogos Mundiais Militares, em 2011; a Copa das Confederações de Futebol, em 2013; a Copa
do Mundo de Futebol, em 2014; e as Olimpíadas de 2016. Com isso, diversas expectativas
envolvendo estes acontecimentos foram criadas no seio da população, em seus representantes
e na opinião pública em geral, sobretudo no que tange aos seus impactos positivos e
negativos.

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