Bolsista Doutora
D. Bartolomeu dos Mártires, Arcebispo de Braga e participante do Concílio de Trento (1545-1563), encomenda ao dominicano Fr. Diogo do Rosário um legendário, com o explícito objetivo de substituir as narrativas das vidas de santos anteriores, tidas por incertas e apócrifas. O texto tem sua primeira edição em 1565, mas é em 1590 que recebe o nome de Flos Sanctorum das vidas e obras insignes dos santos. Essa edição compõe o acervo da Colleção D. Thereza Christina Maria e se destaca por ser a última a utilizar caracteres góticos em sua impressão. Procura-se, nesta pesquisa, avaliar as relações que o texto estabelece com a tradição hagiográfica medieval, representada pela Legenda Áurea (século XIII), saber em que medida foram acolhidas as recomendações de Trento e investigar a circulação da obra que compôs a biblioteca da Família Imperial Brasileira.