Governar a miséria: pobreza e marginalidade na América portuguesa (c. 1700-1808)

Dezembro, 2015
Renato Franco
Pesquisa
bolsista residente, história da pobreza, marginalidade, vadiagem, controle social, América portuguesa, Século XVIII

Bolsista Residente

O presente projeto investiga as ações relativas à pobreza na América portuguesa, ao longo do século XVIII. As novas formas de lidar com a miséria e a marginalidade foram assuntos constantes na cultura letrada ocidental e forneceram subsídios para a atuação política, de forma a tornar útil uma grande parcela das populações considerada vadia e ociosa. Em Portugal, o fenômeno é tributário especialmente das reflexões do reformismo ilustrado e objetivado na criação da Intendência de Polícia (1760) e nas casas de trabalho forçado (1780). Entretanto, esta pesquisa centra foco no repertório de ações feitas na América portuguesa, um território sem estabelecimentos específicos de polícia até 1808, e com a presença maciça de africanos, indígenas, brancos e mestiços. Não obstante as especificidades, os administradores coloniais não se furtaram a ações de controle, típicas da Europa ilustrada.