Biblioteca Nacional ; Diogo Barbosa Machado ; Cartografia

Colecionar e Escrever a História: a memória do império português legada por Diogo Barbosa Machado

Autor(es): 
Ana Paula Sampaio Caldeira

Coleção Ramiz Galvão; v. 2

 

Diogo Barbosa Machado (1682-1772) teve boa parte de sua vida dedicada aos estudos e à prática do colecionismo. Em sua casa, em Lisboa, foi ao longo da vida enchendo as estantes de sua biblioteca com muitos livros, principalmente sobre a história eclesiástica e secular do reino. O interesse pelos estudos esteve associado às suas tarefas como homem da Igreja, de maneira que a própria carreira religiosa lhe garantiu acesso a espaços e saberes que certamente não estavam disponível a todos.

Jovem ainda, entrou para a Congregação do Oratório. Em 1724, foi ordenado presbítero e, quatro anos depois, nomeado abade da Paroquial Igreja de Santo Adrião de Sever. Mudando-se para a capital, logo se tornou reconhecido no ambiente erudito lisboeta. Foi indicado como membro de uma academia literária nova, a Academia Real da História Portuguesa, criada pelo próprio rei com o auxílio de proeminentes intelectuais da época. Mais tarde, já como acadêmico, compôs obras de fôlego, como a Biblioteca lusitana e as Memórias para a história de D. Sebastião.

Durante três reinados em Portugal, viu o país entrar e sair de muitos conflitos e o alvorecer e o crepúsculo dos estudos históricos no país, surpreendeu-se com a tentativa de regicídio contra o monarca português e também pôde vivenciar o terremoto que assolou Lisboa em 1755. Quase no fim de sua vida, ainda teve um momento de grande prazer e reconhecimento intelectual, quando o rei d. José I adquiriu a biblioteca que cultivou durante tantas décadas. Hoje, graças à transferência da Real Biblioteca, o precioso acervo colecionado por Barbosa Machado está no Brasil, mais precisamente nas divisões de Obras Raras, Iconografia e Cartografia da Biblioteca Nacional.

Características (título)

Ano de publicação: 
2017

Rótulos

Coleções e Séries

Coleção Ramiz Galvão

Esta coleção tem como objetivo contribuir para a difusão de temas atuais e fundamentais no extenso campo da biblioteconomia e da ciência da informação, como a criação e a operação de bibliotecas digitias, a preservação de publicações eletrônicas e dos repósitórios digitais e a edição de catálogos digitais. O nome da coleção é uma homenagem a um dos mais dedicados diretores da Biblioteca Nacional, Benjamim Franklin de Ramiz Galvão, que, entre 1872 e 1884, se dedicou a modernizar e definir os papéis que caberiam à Biblioteca Nacional.