Revista do Livro da Biblioteca Nacional, ano 2, n. 5
“UM DEPOIMENTO DE MARIO DE ANDRADE
No último número desta Revista discorremos ligeiramente *¦ * sobre dois instrumentos básicos no processo de culturação popular: os museus e as bibliotecas. Procuramos em nosso depoimento estudar uma fórmula capaz de focar, numa unificada linha de ação, os objetivos específicos de ambos, para sugerir ao final a formação de núcleos museugráficos iniciais nas bibliotecas públicas municipais já existentes e nas que forem senão formadas, por força de um convênio que o Instituto Nacional do Livro vem estabelecendo com as prefeituras brasileiras interessadas em enriquecer seus municípios com esses indispensáveis órgãos de difusão da cultura. Não vamos insistir no primeiro ponto, que a seara é alheia. Lamentemos, embora, o não-pronunciamento de entidades interessadas, tais como a Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o organismo internacional de museus, o IBECC — o que não significa que a batalha esteja vencida. Mas fiquemos no setor que nos diz respeito de perto, apesar de julgarmos que em matéria de cultura nada se isola ou se auto-abastece. O que vai seguir nada mais é do que modesta introdução a um estudo inédito do escritor Mário de Andrade, cuja ausência todos deploramos. Ê que, compulsando velhas e esquecidas pastas sob a zelosa guarda da Seção de Publicações do I.N.L., o Professor Crisanto Martins Filgueiras teve a grata surpresa de encontrar um trabalho do grande vulto de nossas letras, desaparecido há exatamente 12 anos e tão vivo e atuante ainda agora. Nele o autor de O Empalhador de Passarinho, com aquela lucidez que regia todos os seus atos, aborda o problema das bibliotecas populares no Brasil, sugerindo medidas, algumas das quais hoje em pleno vigor em seu Estado natal, São Paulo.”
Características (título)
Rótulos
Revista do Livro
Lançada em 1956 pelo antigo Instituto Nacional do Livro, a Revista do Livro da Biblioteca Nacional contou com nomes expressivos como Carlos Drummond de Andrade, Alexandre Eulálio e Augusto Meyer e continua um importante espaço do pensamento bibliológico, biblioteconômico e bibliográfico brasileiro.