Revista Poesia Sempre, ano 13, n.21 – Manoel de Barros

"Organizada por Luciano Trigo e Ana Cecília Martins, o número 21 de Poesia Sempre tem como centro a obra consagrada de Manoel de Barros e a força inaugural de sua palavra. A poesia como aventura e descoberta, na dicção inconfundível do poeta, que é como se compendiasse – avançando e recriando – as linhas de força da literatura brasileira do século XX.

A seção de poesia inédita – que é um dos trunfos de Poesia Sempre, desde a sua criação, em 1993 – contempla o movimento de variedade e dispersão das múltiplas tendências que marcam a pluralidade contemporânea e sua consequente dispersão, desde a obra de Antonio Cicero à de Heitor Ferraz. Um corte de valores, idades e pronúncias, que se atravessam e se multiplicam.

Dentro desse espírito, de abertura e diversidade, Poesia Sempre traz um manuscrito de Machado de Assis e uma carta de Casimiro de Abreu – documentos do acervo da Biblioteca Nacional –, cujo objetivo é o de compartilhar com os leitores a visibilidade e a riqueza desse vasto repertório público.

Os ensaios sobre a poesia de Paulo Mendes Campos, a relação de Cecília Meirelles com a Índia e a questão entre música e palavra, no ensaio de José Miguel Wisnik, dentre outros aspectos, tematizam outra vertente da revista, que é apresentar uma reflexão mais ampla sobre o acontecimento da poesia e de seus arredores, tendo em Manoel de Barros um de seus espaços maiores de uma razão emocionada.”

Os Editores

(texto da apresentação)