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![O Ministro da Cultura, Roberto Freire, e a Presidente da Biblioteca Nacional, Helena Severo, na inauguração da exposição Pernambuco 1817: a Revolução. O Ministro da Cultura, Roberto Freire, e a Presidente da Biblioteca Nacional, Helena Severo, na inauguração da exposição Pernambuco 1817: a Revolução.](https://antigo.bn.gov.br/sites/default/files/styles/large/public/imagens/noticias/2017/0515-helena-severo-roberto-freire-inauguram-exposicao-sobre/cobertura-3601-helena-severo-roberto-freire-inauguram.jpg?itok=_3mF3UtN)
Em discurso, Roberto Freire enfatizou o pioneirismo do movimento, que se opunha frontalmente aos excessos e opulência da Corte portuguesa – então estabelecida no Rio de Janeiro – e sua sanha arrecadadora, que buscava cobrir seus elevados custos pela cobrança de pesados tributos em um período de dificuldades econômicas para os produtores. “Duzentos anos depois, rememoramos esse evento porque, como republicanos que somos, sabemos das nossas responsabilidades com o estado atual da nossa República. Como eles e tantos outros, desejamos que os recursos públicos sejam aplicados para o bem-estar geral de todos e não apropriados por apenas alguns privilegiados, por qualquer razão que seja. A Revolução Pernambucana de 1817 traz à nossa memória a ideia de que a República deve vicejar em prol de todos”, declarou o Ministro.
Já Helena Severo, em discurso, fez agradecimento especial a todos os servidores e funcionários da Biblioteca Nacional, bem como profissionais envolvidos, para conceber e montar a exposição, que envolveu minuciosa pesquisa em livros, mapas, manuscritos e documentos iconográficos no riquíssimo acervo da Biblioteca Nacional, depositária de importantes documentos referentes a esse período importante de nossa história. Helena Severo disse que a exposição, agora aberta ao público, contribui para o resgate da memória sobre esse importante movimento, desconhecido da grande maioria dos brasileiros.
A Revolução Pernambucana se iniciou há exatamente 200 anos na cidade de Recife. Pelo período de 75 dias, os revoltosos implantaram um regime republicano de inspiração iluminista, defendendo os direitos do homem, a liberdade de imprensa, a liberdade religiosa e a emancipação gradual do trabalho escravo. Nesse período, os revolucionários chegaram a produzir o esboço de uma primeira Constituição brasileira.
Por representar um desafio frontal à Coroa Portuguesa, então instalada no Rio de Janeiro, foi reprimida duramente por D. João VI. Seus principais líderes foram condenados e executados por crime de lesa-majestade.