De Musas e Sereias: a presença dos seres que cantam a poesia
“De Musas e Sereias: a presença dos seres que cantam a poesia visita o espaço em que poetas ouvem suas musas e oferecem aos leitores a audição dos cantos das sereias. Arriscando sobre o impreciso e provisório, o autor avisa, de início, que assume a cartografia proposta por Leyla Perrone-Moisés para a leitura de Macunaíma. Tal remissão, entretanto, não implicou em subordinação ou facilidade: fez-se enquanto desafio próprio. Nada de aproximações determinadas pela presença das palavras “sereia” ou “musa”. A questão estava no elemento perturbador e sedutor: o caráter sirênico dos versos. A busca pela nacionalidade original das musas e sereias realizou--se em duas etapas: identidade e entidade. Antropofágico, macunaímico, não se furta ao percurso entre mitos greco-romanos, cristãos e africanos, transformando, fusionando e subvertendo.”