O antropólogo, filósofo e professor nasceu em Bruxelas, em 28 de novembro de 1908. Estudou na França, onde iniciou o curso de Direito e, mais tarde, se graduou em Filosofia pela Sorbonne. Em 1934, assim como outros professores franceses – incluindo sua esposa, Dinah, e o historiador Fernand Braudel --, foi convidado para lecionar Sociologia na Universidade de São Paulo.
A estadia no Brasil durou quatro anos, ao longo dos quais Lévi-Strauss viu despertar seu interesse pela Etnologia. Isso se deu principalmente a partir de suas viagens ao interior do Brasil, que viria a relatar num de seus livros mais famosos, “Tristes Trópicos” (1955). O estudioso publicou ainda, entre outras obras, “As estruturas elementares do parentesco” e dois volumes intitulados “Antropologia estrutural”. O termo, cunhado por ele, inaugurou uma nova corrente na Antropologia.
Claude Lévi-Strauss foi doutor honoris causa em mais de uma dezena de Universidades em todo o mundo e membro de várias Academias Científicas. Foi eleito membro da Academia Francesa em 1973, e se tornou o primeiro de seus integrantes a completar 100 anos de idade, falecendo às vésperas de completar 101 (30 de outubro de 2009).
Entre os correspondentes de Lévi-Strauss no mundo científico estava o também etnólogo brasileiro Artur Ramos (1903 – 1949). As cartas aqui publicados são o rascunho – em português -- de uma carta escrita por Ramos ao europeu, oferecendo-lhe dois livros, e a resposta, em que Lévi-Strauss agradece o envio e promete remeter seu volume sobre sistemas de parentesco tão logo seja publicado. Os documentos, datados de maio e junho de 1948, integram o Arquivo Artur Ramos, que está sob a guarda da Divisão de Manuscritos. Ambos estão acessíveis pelos links da BN Digital