Palestra: A ambientação das áreas de guarda de coleções da Biblioteca Nacional

sexta-feira, 26 de junho de 2015.
Evento
preservação, conservação
Antônio Carlos dos Santos Oliveira, climatologista que presta assessoria técnica à BN, apresentou dados sobre as mudanças climatológicas ocorridas nos dois últimos ciclos de 30 anos (1931 a 1960, e 1961 a 1990). Segundo os relatórios do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), as temperaturas médias aumentaram em praticamente todos os meses do ano no segundo ciclo, o que explica a necessidade de modernização no sistema de ar condicionado.

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Ao centro, o climatologista Antônio Carlos dos Santos Oliveira, que presta assessoria técnica à BN, tendo a seu lado Jayme Spinelli (esquerda), coordenador de Preservação, e Luiz Antônio Lopes de Souza (direita), chefe do Núcleo de Arquitetura.
Ao centro, o climatologista Antônio Carlos dos Santos Oliveira, que presta assessoria técnica à BN, tendo a seu lado Jayme Spinelli (esquerda), coordenador de Preservação, e Luiz Antônio Lopes de Souza (direita), chefe do Núcleo de Arquitetura.

“A climatologia dos ambientes com ar condicionado acaba privilegiando o conforto humano”, afirmou Antônio Carlos. Segundo ele, o projeto do engenheiro Souza Aguiar permite que o acervo se mantenha estável. “O prédio se comporta muito bem, pois apesar de haver uma correlação direta entre as variações de temperatura externa e interna, o nível de umidade do ar se mantém abaixo dos 65%, que é considerado um bom índice”, explicou.

Antônio Carlos apresentou também um estudo comparativo das temperaturas do primeiro e sexto andares no verão de 2015, mostrando o impacto das altas temperaturas registradas no período, em que o clima se manteve mais quente e seco que nos últimos anos. E concluiu: “para se estabelecer condições climáticas ideais, é importante levar em conta fatores como a preservação do acervo, a conservação da edificação e o bem-estar dos usuários, tanto técnicos como visitantes”.