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![Mauro Domingues, Coordenador-Geral de Processamento e Preservação do Acervo do Arquivo Nacional, mostrou as medidas tomadas pela instituição, ligada ao Ministério da Justiça, para preservar seu acervo. Mauro Domingues, Coordenador-Geral de Processamento e Preservação do Acervo do Arquivo Nacional, mostrou as medidas tomadas pela instituição, ligada ao Ministério da Justiça, para preservar seu acervo.](https://antigo.bn.gov.br/sites/default/files/styles/large/public/imagens/noticias/2015/0626-palestra-conservacao-preventiva-planejada-executada/cobertura-1479-palestra-conservacao-preventiva-planejada.jpg?itok=ex1Op5rR)
“Apesar de não ter sido construída com a finalidade de guardar o acervo documental, a sede abrigava originalmente a Casa da Moeda do Brasil; por isso, a estrutura do prédio foi projetada para suportar uma carga até maior que a do Arquivo Nacional”, explicou Mauro. Ele contou ainda que, por recomendação do Corpo de Bombeiros, os escritórios são segregados das áreas de depósito, que contam com monitoramento ambiental permanente. O sistema Climus, desenvolvido pela Universidade de Santa Catarina, conta com sensores de temperatura e umidade ligados a uma central que interpreta os dados, possibilitando a leitura imediata da situação climática de cada depósito.
Para cuidar da conservação do acervo, o Arquivo conta com especialistas em biologia, meteorologia e engenharia florestal, sendo que alguns desses profissionais atuam por meio de acordos de cooperação firmados com o Museu de Astronomia e instituições de ensino como a Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e o Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca). “Atuar em parceria é fundamental para toda instituição pública”, afirmou Mauro.
Para concluir sua apresentação, ele detalhou as ações adotadas pelo Arquivo Nacional em relação a cada tipo de material que compõe o acervo, incluindo as precauções de acondicionamento, higienização e até o transporte de materiais, que é feito em carrinhos de golfe, com pneus apropriados e em piso especial para evitar trepidações. “Para garantir as melhores condições de preservação, o Arquivo Nacional dispõe de uma fábrica de papel semi-artesanal, que pode ser enviado a qualquer instituição cultural que solicitar”, disse. E finalizou anunciando: “está em andamento um estudo, em conjunto com a BN e com a Embrapa, para o desenvolvimento de uma fibra de celulose à base de algodão transgênico, para uso em restauração de documentos antigos”.